Tenho quarenta e poucos
anos - não me casei - e acredito no amor mais do que nunca
(Nota: Este é um
ensaio de Melanie Notkin adaptado por Martína Mädche)
Sentamos para
conversar em um café, porém não escutavas uma palavra do que eu dizia. Não que
não estivesse prestando atenção em mim; pois sentia teus olhos penetrando nos
meus, mas estavas absorto pelos pensamentos. Parecia embriagado pelos
sentimentos, talvez sentindo até uma atração. De algum jeito desfrutavas da na
nossa conversa. Não esperava que te apaixonasse; mas percebi a conexão quando
nossos olhos mergulhavam um no outro. Então me perguntei se poderias estar
ferido assim como eu...
O garçom surgiu e nos serviu mais um café, meu monólogo
foi interrompido e a conversa se dispersou. Brindamos ao nosso primeiro
encontro. Então, novamente senti teu olhar penetrando no meu, e decidiste:
“Quero sair contigo de novo, esta semana!”
Existem os encontros bons, os ruins e existem
aqueles inesquecíveis. Tem também aqueles que ficam no ar... Estes são raros,
mais raros do que aquela chuva tão esperada no sertão. Às vezes, o encanto dura
apenas o tempo suficiente para nos lembrar de que existem conexões especiais, mas
tem alguns sortudos, cujas conexões podem durar o resto de suas vidas, já
aprendi a apreciar o potencial de todas as conexões raras que tenho o
privilegio de vivenciar.
O que aprendi sobre o amor em meus 40s é que o amor
não é vivido apenas aos 20s, ou 30s. Não é porque ele ainda não apareceu que
não sabemos amar ou que nunca iremos encontrar um amor. Acredito que o amor surja
quando estiver destinado a vir.
Vi muitos amores se dissolvendo aos quarenta, pois
muitos se casaram jovens, mas também vejo vovôs e vovós vivendo suas paixões
intensas como se fosse a “primeira vez”.
Aprendi que o amor não é um presente para aqueles
que são merecedores, mas uma recompensa para aqueles que esperam por ele.
Também aprendi que o amor pode durar apenas um tempinho, mas todos somos
capazes de amar, ou ele pode durar por décadas, sobrevivendo firme a todas as
mudanças capazes e conhecidas do amor.
Aprendi a amar na medida do amor que vivenciei. Na verdade, houve alguns inícios de amores. Outros terminaram rapidamente, sem aviso prévio e ou sinal. Outros acabaram me quebrando toda, e dilaceraram meu coração. Outros
nunca chegaram a construir um equilíbrio. Outros estarão em meu coração para
sempre.
Aprendi que o amor pode ser diferente dependendo do
homem e das circunstâncias. Algumas vezes amar é fácil. Às vezes, o amor é uma luta. Às vezes o amor é
como uma massagem; sentimos-nos bem, mas precisamos de
algo mais forte, mais profundo.
Às vezes o amor é uma torrente; Ele vem forte, mas muitas vezes
termina em um gotejamento, sem cerimônia.
Aprendi que os homens também querem amor, mas às
vezes não se permitem ser vulneráveis para isso. Aprendi que as mulheres também querem amor, mas são feitas para se
sentirem vulneráveis por ele. Homens na faixa dos 40 anos são mais capazes de mostrar vulnerabilidade. E as mulheres em seus 40s são mais capazes de deixar de lado as paredes
que tinham aprendido a construir. Ambos agora impulsionados pela
vulnerabilidade consentida se permitem se apaixonar por causa da quebra de
barreiras.
Não tive o que alguns dizem que é o amor
bem-sucedido, o que significa o amor que dura muito tempo que é forte o
suficiente para ser anunciado no âmbito de um casamento ou que nos levasse
a assinar um acordo legal de qualquer espécie. Mas tive amor. E terei outro amor de novo. E espero ter um amor no qual
ambos se comprometam, ou seja, um amor onde ambos lutam para mantê-lo e
guardá-lo, pois nós dois aprendemos como é difícil encontrar o amor.
Aprendi que o amor não é um jogo de cadeiras musical
destinado apenas para os sortudos que encontram um
assento quando a música pára. Sei que o amor dura enquanto estamos dispostos
a lembrar da música que tocou quando se conheceram.
Hoje aos quarenta, estou mais disposta do que nunca
para desistir de um amor apesar de tudo, porque conheço aquele olhar dele
.
Conheço esse sentimento.
Sei que existe um homem destinado para estar na
minha vida, não importa se outros desistirem em seu nome.
Pensei nisto quando estávamos passeando pela cidade
e quando nos conhecemos. Porém dessa vez paraste no meio de uma frase,
interrompendo nosso caminhar, viraste em minha direção. De novo nos encontramos naquele olhar, então: "Algo está acontecendo aqui", disseste, com confiança. Concordei.
Não sei se o amor vai nos encontrar realmente, mas sei
como é o começo. E, pelo menos, tenho isso. Não sei se será este homem, sei que um novo amor está vindo. Outro novo começo começará outra vez.
Sei nos meus 40s que o amor existe. Também sei se há um potencial em um novo começo ou em um reinicio, sei o
que parece. Sei como é. Sei mais do que nunca o que é o amor para mim.
E se olhares no fundo dos meus olhos bem de
pertinho, verás a verdade por de trás deles.
OAB/RS 60.281
Martína Mädche, sou fundadora do blog, sendo que este projeto busca inspirar e transformar as vidas de pessoas. Tenho familiaridade com as conversas internas que temos. Conheço pessoalmente o diálogo interno negativo que e se manifesta a vergonha em tudo: relacionamentos, comunicação, parentalidade, o caminhar da vida. Através de minhas experiências familiares e profissionais, procuro ajudar homens e mulheres a percorrerem o processo de libertar-se de suas lutas internas. Nesse blog encontrarão orientações, diversas práticas e treinamentos que visam dar apoio em momentos de conflito e crise familiares.
Caso precise entrar em contato: Martína Mädche
Advogada e Profissional de Ajuda.
Contato: martina.madche@gmail.com
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