sábado, 24 de dezembro de 2016

Sobre estar sozinho no Natal! por uma Mãe Solo

Sobre a Dor de estar sozinho no Natal

Estou sozinho.

Martina Madche

Se alguém entrasse agora na minha casa, você encontraria um cachorro dormindo pacificamente, um menino e uma menina dormindo em sua cama. Decorações de Natal por toda a casa. Uma casa limpa e arrumada... e uma mulher sentada no chão em um canto triste e sozinha.

O Natal costumava ser meu feriado favorito quando eu fazia parte de uma família. Agora sou mãe solteira. Este é meu quarto Natal sozinha!

Quando reflito sobre meu casamento, percebo que me senti sozinha mesmo quando estava acompanhada, mas eu ainda tinha o conforto de ter uma família, mesmo sendo de aparência. Quebrado ou não, ele proporcionava segurança e de certa forma me satisfazia, pois meus filhos tinham um pai e uma mãe em baixo do mesmo teto (O mesmo quadro Ideal foi fornecido para mim)

Há seis anos, na véspera de Natal fui viajar para passar as festas com minha família no interior. Achei que seria a melhor opção para meus filhos passarem o Natal longe de casa, já que a separação era recente. Assim, estariam cercados por um monte de parentes. Estava em uma casa cheia, mas eu me sentia extremamente sozinha-tanto que queimava o meu âmago. Estava ciente disso. Sabia por que estava lá. Sei que todos os sentimentos que me cercavam fazem parte da minha criação. Busquei resistir, mas estavam ali conscientes. Não queria me sentir como uma vítima, afinal adoro o natal tanto que eu queria momentos especiais na minha vida. Sempre busquei refletir sobre essa condição de ser vítima, pois em vários momentos sofri abandono e perdas. Sei que muitos dos nossos relacionamentos não são feitos para durar. No entanto, nesta solidão eu sinto a dor de querer ser realizada, abraçada por esses relacionamentos novamente. Não que eu queira voltar, mas o suficiente para lembrar. O suficiente para me fazer implorar por alguém, para não ter que me lembrar do meu sentimento de solidão. Quanto mais penso no dia de Natal, mais intensos são meus sentimentos. E quando chega o momento de ter que entregar as crianças para o pai... fica aquele silêncio no ar até o resto do dia ou até onde sei estarei sozinha...

E assim buscando lidar com meus próprios sentimentos, eu peço ao universo. Como posso servir? Como posso ser útil? Então escrevo um texto falando abertamente sobre como tantas pessoas se sentem dessa maneira, quão importante é se dar permissão para sentir o que estamos sentindo e aceitar o lugar em que estamos. Então espero ter tocado alguém! Talvez, no fundo, até espero que alguém comente ou que alguém diga você não está sozinha nessa, não és a única que sente assim.
Quando ninguém responde a nossa vulnerabilidade é muito fácil criar histórias em nossas mentes. Então nos questionamos... O que há de errado comigo? Porque não sou suficiente? Porque estou sozinha?
A verdade é que, às vezes é assustador ser tão vulnerável, porque uma parte de nós já está nos julgando por nos sentirmos assim.
  
Está tudo bem se nos sentirmos sozinhos? É bom querer o que nos costumava trazer conforto como uma família pequena, amigos, nossa mãe e pai? É claro que está tudo bem!

Dê a sim mesmo a permissão para sentir tudo o que está sentindo.


É isso que estou fazendo. Eu não tenho outra escolha. Eu posso escolher. Ficar me sentindo mal por me sentir mal, mas isso só vai criar um abismo maior. Então me lembro que devo praticar o que prego para meus clientes. 

Dê a si mesmo a permissão para ser humana! 


Dê a sim mesmo a permissão para sentir. Expresse ou anote. Chore. Grite Repita se necessário. Aceite a solidão. Sinta para que então ela possa conhecer o amor, e então aos poucos o sentimento de mansidão e compaixão tomará conta do nosso ser. Você não está sozinho em sua solidão. Todos nós já estivemos lá. Tenho certeza que se você perguntar a alguém eles dirão que você não está sozinho. Para todas as pessoas solitárias neste Natal. Você não está sozinho! Você tem um grupo! Eu te amo! 
Com amor 

Martína Mädche, advogada
OAB/RS 60.281
Martína Mädche, sou fundadora do blog, sendo que este projeto busca inspirar e transformar as vidas de pessoas. Tenho familiaridade com as conversas internas que temos. Conheço pessoalmente o diálogo interno negativo que e se manifesta a vergonha em tudo: relacionamentos, comunicação, parentalidade, o caminhar da vida. Através de minhas experiências familiares e profissionais, procuro ajudar homens e mulheres a percorrerem o processo de libertar-se de suas lutas internas. Nesse blog encontrarão orientações, diversas práticas e treinamentos que visam dar apoio  em momentos de conflito e crise familiares. 
Caso precise entrar em contato: Martína Mädche
Advogada e Profissional de Ajuda.
Contato: martina.madche@gmail.com
Grupo de Apoio do face: Separei e Agora?
Comunidade: Martina.MädcheComunidade: Divórcio para Eles
Comunidade: Divórcio para Elas



terça-feira, 20 de dezembro de 2016

A Mulher Narcisista e seus comportamentos

A Mulher Narcisista
Martína Madche


Estatisticamente 75% dos narcisistas são homens e em geral são pequenas as diferenças entre seus comportamentos. Só que na manifestação do narcisismo existe algumas diferenças, pois enfatizam coisas diferentes. Por exemplo, via de regra os homens enfatizam o intelecto, o poder, a agressão, o dinheiro ou status social. As mulheres tendem a enfatizar o corpo, olhares, o encanto, a sexualidade, “traços” femininos, do lar, ou seus filhos ou de seus filhos.

As mulheres narcisistas se afirmam ou com seu corpo, podendo inclusive podem manifestar anorexiia nervosa ou bulemia. Ou então ostetam e exploram os seus encantos físicos, sua sexualidade e sua vida social e cultural afirmando sua “feminiliade”. Elas garantem sua fonte de idolatria através do seu papel mais tradicional de gênero, a casa as crianças, as carreira, adequadas, seus maridos/esposas, seus traços femininos e seu papel na sociedade, etc.

Outra diferença e a forma como reagem ao tratamento. As mulheres são mais propensas a se envolver em terapia, porque via de regra, é mais comum às mulheres a admitirem seus problemas psicológicos. Os homens estão um pouco menos inclinados a divulgarem seus problemas (devido ao machismo enraizado) – não significa necessariamente que eles são menos propensos a admitir para si mesmo seus conflitos emocionais.

A regra geral da pessoa narcisista não pode ser esquecida: o narcisista usa tudo ao seu redor para obter o seu (ou sua) fonte de idolatria narcísica. Via de regra nas mulheres essa fonte se torna um filho devido a forma como nossa sociedade ainda está estruturada e ao fato que as mulheres são ainda as únicas a darem a luz. É mais fácil para a mulher pensar em seus filhos como sua extensão porque uma vez que na verdade eram suas extensões físicas pois estavam conectados no útero havendo assim uma inteiração mais intensa e extensa.

A mulher narcisista respeita seus filhos como fontes significativa para seu ego, enquanto o narcisista masculino é mais propenso em considerar seus filhos como um incômodo e não como uma fonte de gratificação e abastecimento. Como ainda vivemos em uma sociedade de desigualdades, os homens tem diversas fontes narcísicas para seus egos, já a mulher luta para manter a sua mais confiável fonte de abastecimento que são seus filhos. Então ela inicia desde cedo uma doutrinação insidiosa, culpa, sanções emocionais, privações e outros mecanismos psicológicos, ela tenta induzir uma dependência neles que não pode ser facilmente rompida. Não há diferença na psicodinâmica comportamental entre o narcisista homem e mulher e sim há diferença em suas escolhas de fonte narcísica.

A mulher narcisista exerce a mesma técnica de controle que o narcisista homem, são emocionalmente abusivo, são mestres em “controle” através da força verbal, um raciocínio aguçado e chantagem emocional. Esse tipo de pessoa se agarra ao seu sistema de crenças, não importam quantas vezes for confrontada com provas contrarias, por mais errados que estejam mais drama e indignação irão exibir.

Aqui estão algumas táticas de controle comuns de uma mulher narcisista:

  1.   A mulher narcisista começa uma conversa ou ataque com um tópico. Quando você começar a apresentar fatos que são contrários as suas crenças, por mais verdadeiros que sejam para ela é um engodo, você nunca tem razão. Ela sai pela tangente, muda de assunto ou faz uma nova acusação. Enquanto você ainda esta defendendo o seu pontoo de vista original ela já tirou da cartola mais uma série de problemas, culpas e tópicos podendo inclusive serem completamente alheios.
  2.  Ela manda calar a boca! Ao explicar os seus sentimentos ou ponto de vista, este tipo de mulher pode brutalmente dizer lhe que pare.. “cale a boca”! O narcisista não pode lidar com a verdade, eles não medem esforços para negar e destruir a outra pessoa.
  3. Xingamentos! Este é o último recurso dos narcisista e outro valentões. Se eles não podem defender sua posição ou seus comportamentos, eles recorrem a ataques pessoais baseados em emoções. É outra técnica de distração que desvia do ponto original da disputa por colocá-lo na defensiva.
  4. Projeção! Elas acusam e responsabilizam suas vítimas por ações ou pensamentos que elas causaram e são culpadas. Este é um mecanismo de defesa primitivo. Por exemplo uma vez escutei uma mãe culpando a filha pelas festas de aniversário que teve que fazer na infância....
  5. Divisão! O narcisista enxerga o mundo como se fosse tudo ou nada, bem contra o mal, preto no branco. Ele tem pouca capacidade de compreender um contexto ou uma nuance. Ou você vê as coisas à sua maneira ou você deve ser invalidado. VocÊ não pode concordar e discordar com esse tipo de mulher. Qualquer crítica, diferença de opinião ou desafio à sua autoridade é viso como uma ameaça e você será tratado de uma forma, de modo a ser desvalorizada e demonizada. Este é o outro mecanismo de defesa primitivo.
  6.  Preparar e atacar! Para um narcisista não é o suficiente haver discórdia ou desprezo. Todos as outras pessoas no seu mundo incluindo sua própria família e amigos, devem ser odiados e derrotados por estarem errados.
  7. Gaslighting! As mulheres que usam essa tática negam coisas que falaram e fizeram (e muitas vezes a vítima das mesmas transgressões que elas cometeram). Elas distorcem a realidade afirmando que o evento nunca aconteceu... (você imaginou... você deve estar louco) até que você comece a duvidar de sua própria sanidade...
  8. Gritos! Não há lógica! A mulher narcisista e emocionalmente abusiva quando mais errada ela estiver mais aumentará o tom de voz/ou mais teimosa ela fica. Seu nível de falsa indignação, vingança e retirada emocional é na proporção direta a forma como enfrenta você. Ela vai para cima, gritando, repetindo as mesmas afirmações simplistas, emocionalmente carregadas até que ela abafe a razão, ou simplesmente se retira com ignorância até que você envie um pedido de desculpas pelo seu “crime”.
  9. Culpa e vergonha! O narcisista culpa os outros por tudo o que está errado em sua vida e nunca considera como ele próprio contribuiu para a situação ou qual a sua responsabilidade, inclusive se estão infelizes nunca foi culpa deles... há sempre algum culpado. Eles transferem a responsabilidade para você parecer ruim ou louca, sempre fazendo um esforço para que no final estejas envergonhado e culpado.
  10. Descarregando na vítima. Quando a mulher narcisista é colocada contra a parede ou suas desonestidade vem a tona não podendo negá-la, elas dão uma volta, e jogam a justificativa e a responsabilidade de sua conduta na vítima. Elas afirmam que apenas reagiram a uma agressão e que estão sendo injustamente atacados, portanto agiram em “legitima defesa”, pois elas sempre defendem a verdade, são as mais honestas,corajosas e integras. São praticamente iluminadas!

Com amor 
Martína Mädche 

Texto original de ,  
adaptado por Martína Mädche, advogada

OAB/RS 60.281
Martína Mädche, sou fundadora do blog, sendo que este projeto busca inspirar e transformar as vidas de pessoas. Tenho familiaridade com as conversas internas que temos. Conheço pessoalmente o diálogo interno negativo que e se manifesta a vergonha em tudo: relacionamentos, comunicação, parentalidade, o caminhar da vida. Através de minhas experiências familiares e profissionais, procuro ajudar homens e mulheres a percorrerem o processo de libertar-se de suas lutas internas. Nesse blog encontrarão orientações, diversas práticas e treinamentos que visam dar apoio  em momentos de conflito e crise familiares. 
Caso precise entrar em contato: Martína Mädche
Advogada e Profissional de Ajuda.
Contato: martina.madche@gmail.com
Grupo de Apoio do face: Separei e Agora?
Comunidade: Martina.MädcheComunidade: Divórcio para Eles
Comunidade: Divórcio para Elas

domingo, 18 de dezembro de 2016

Para meus filhos -- Carta de uma mãe solteira para o Natal!

Carta de uma mãe solteira para seus filhos no Natal!

“Eu não sabia que seria mãe solteira. Então, me propus ser a melhor mãe que posso ser e nada mudou.

Para meus filhos lindos,

Eu sei que vocês estão radiantes nessa época do ano! Sou grata por isso, mas tenho algo eu
preciso dizer e que lamento.
 

Lamento por vocês não terem uma figura masculina constante em suas vidas, não importa quem seja. Eu sinto muito!

Sinto muito por não terem um homem em suas vidas cujo amor incondicional e atenção nunca seria questionado. Um homem que é tão intenso e brilhante como sol, e tão constante como a lua.

Nunca quis ser mãe solteira, ou uma versão moderna de uma super mulher. Mas eu tive que ser. Também, quis um conto de fadas, e eu pensei que tinha casado com um príncipe encantador. Acreditei que minha vida seria completa, mas eu errei.

Quando nossa vida desmoronou foi difícil, porque fui jogada a ter que ser mais forte do que eu era. Me vi em frente a uma encruzilhada na qual tive que escolher entre assumir o desafio de seguir em frente, ou então falhar com vocês. Lembro-me que ao abraçar vocês tão forte que sentia suas risadas contagiantes, eu soube que no fundo eu teria apenas uma escolha na verdade que era me tornar a mulher e mãe que vocês precisavam.

Nem sempre foi fácil manter a casa tranquila, chorei na escuridão e em baixo do chuveiro em diversas ocasiões. Mas eu nunca desisti!
Nunca aspirei ser mãe solteira.

Às vezes, quando a vida não segue o caminho previsto, lutamos contra ela tentando impor nossas próprias vontades, mas no final quem comanda vida?!

Sei que me tornei a mãe que vocês precisavam, porém falta um bocado ainda para a vida estar como eu realmente gostaria. É difícil segurar o peso do mundo sobre meus ombros.
Tem dias que parece impossível que serei capaz de mantê-lo, mas de alguma forma ou de outra eu sempre consigo. Vocês me chamam de super-mãe, mas na verdade são vocês dois que são incríveis.

Eu vejo a esperança brilhando nos seus olhos. Sei que vocês irão transformar o mundo.

Sempre desejei dar para vocês tudo que merecem, mas a realidade é que não posso controlar a vida. Não posso fazer escolhas por outras pessoas e não posso concertar tudo.
A única coisa que posso fazer é ser o melhor que sei.

Então acordo todos os dias enchendo vocês de beijos e desejando um lindo dia.
Comemos juntos nossos bolos de chocolate, e fazemos nossas massas de pizza nas sextas feiras.


Conto velhas histórias em volta da fogueira como se fossemos índios.
Faço as comidinhas favoritas de vocês e os surpreendo com piqueniques e belas caminhadas pelo nosso morro.

Algumas vezes procuramos minhocas para nossa pescaria e então encerramos o nosso dia com belo por de sol.

E podemos cantar e dançar nossa playlist e fazer aquela festa inesperada.

Posso  afirmar que amarei vocês a cada dia mais e mais.

E por fim, posso colocar vocês seguros na cama quente, e não importa o que irá acontecer amanhã sempre serei uma constante em suas vidas. 
Também serei o sol e a lua de vocês.

E quem sabe talvez um dia nosso sonho se torne realidade e iremos compartilhar nossa vida com um homem que irá amar vocês, quase assim quanto eu amo.
Sei que a mãe na realidade precisa de alguém que a ajude a cuidar dela. Mas lembrem sempre somos um pacote e qualquer homem que entre em nossas vidas nunca me terá sozinha, porque mesmo quando vocês não podem estar ao meu lado, carrego comigo suas impressões digitais no coração.

Não quero ninguém em nossas vidas a não ser que essa pessoa tenha consciência o quão incríveis vocês são e que ambos fazem parte do pacato.

Porque não precisamos de qualquer pessoas em nossas vidas, ou queremos ser apenas uma opção.

Sei que cometi erros na vida e nunca disse que eu era perfeita ou soubesse tudo. Eu amos vocês mais que tudo. E não há nada nesse mundo que eu não faria por vocês. Então por enquanto eu sinto muito que eu não possa dar lhes tudo. Eu sei que vocês merecem e sou grata por poder lhes oferecer tudo que precisam.

Sou grata por poder acordar todas as manhãs e ver os amores da minha vida saltando na minha cama.

Sou grata pela forma que vocês se aconchegam em mim e me desejam um Feliz Natal. Porque não importa o que a vida tem jogado em nós, ou quão esburacada nossa estrada seja, tenham certeza que serei sempre grata por ser mãe de vocês.

Amo vocês para sempre e a lua sempre irá voltar.


“Afinal, apenas eu posso dar aos meus filhos uma mãe feliz e que ama a vida” (JW Baadsgaard).

Com amor 
Martína Mädche 
advogada

OAB/RS 60.281
Martína Mädche, sou fundadora do blog, sendo que este projeto busca inspirar e transformar as vidas de pessoas. Tenho familiaridade com as conversas internas que temos. Conheço pessoalmente o diálogo interno negativo que e se manifesta a vergonha em tudo: relacionamentos, comunicação, parentalidade, o caminhar da vida. Através de minhas experiências familiares e profissionais, procuro ajudar homens e mulheres a percorrerem o processo de libertar-se de suas lutas internas. Nesse blog encontrarão orientações, diversas práticas e treinamentos que visam dar apoio  em momentos de conflito e crise familiares. 
Caso precise entrar em contato: Martína Mädche
Advogada e Profissional de Ajuda.
Contato: martina.madche@gmail.com
Grupo de Apoio do face: Separei e Agora?
Comunidade: Martina.MädcheComunidade: Divórcio para Eles
Comunidade: Divórcio para Elas

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Cansada de ser só - Confissões de uma mãe solteira

O trabalho árduo de ser pai/mãe solo
Este texto não é para ser um apanhado de lamentações, mas sim uma homenagem, uma exaltação a todos os pais/mães solteiras que estão por ai fazendo de tudo sozinhos e cansados até os ossos. 
Trabalhamos de sol a sol a baixo de plantões de 24hs por dia, muitos de nós sequer podem contar com o apoio do co-pai/mãe nem mesmo com seus deveres e obrigações. Tudo acaba caindo em nossos ombros. Não há tempo para ficar doente, ou cansado e não importa quão doente e cansado estamos ainda há trabalho a ser feito, a comida, os trabalhos de casa e o suporte aos filhos, nada fica parado em uma casa com crianças. Não há discussão sobre o futuro nem mesmo sobre o que fazer todas as lutas e batalhas são só nossas. Não existe aquela pessoa que nos escuta ou aquele ombro amigo, afinal em tempos modernos é proibido se queixar... Então evitamos reclamar sobre nossos enfrentamentos até porque esse é o nosso caminho. Fizemos essa escolha, seja optando por terminar um casamento ou então fizemos essa escolha desde o início, estamos conscientes do que levou a nossa jornada até aqui. 
Somos aqueles pais que vivem correndo sem fôlego, chegamos nas reuniões da escola correndo esbaforidos. Corremos para dar conta dos trabalhos escolares, alias correr é o que mais fazemos. Corremos entre uma reunião e outra para marcarmos presença em ambas as professoras de classe e por fim, pegamos nossas crianças que aguardavam em uma salinha para comemorar, mesmo que haja uma montanha de roupas para ser lavadas, a casa para ser limpa, muito mês e pouco dinheiro. Sentamos com nossos filhos e desfrutamos o prazer de sua companhia. Somos os pais cuja fome se completa quando nossos filhos comem. 
Somos os pais que apenas com um olhar ligeiro pelo livro de matemática ensinam o que é preciso. Aprendemos receitas mais econômicas e mesmo assim saudáveis, equilibramos o orçamento para que não falte o essencial. Para então capotar na cama a noite tão cansados que sequer conseguimos adormecer. No entanto, coma a ajuda de um bom café e uma vontade de ferro assumimos o compromisso de estar totalmente presente hoje e assim seguimos enfrentando nossos compromissos. Não somos apenas sobreviventes. Somos guerreiros. Somos abastecidos por um amor ferroz, muitos beijos antes de dormir, lindas risadas pela manha. Embora você esteja se sentido só, há muito de nós guerreiros de famílias mono parentais que mantém a fé e que não deixam a luz se apagar. Estamos cansados até os ossos e muitas vezes achamos que o peso do mundo irá os esmagar, mas isso não acontece. 
Me curvo para todos que conseguem conciliar tudo e ainda manter um sorriso no rosto. Me curvo ao pai que aprendeu a trançar o cabelo da filha e a mãe solteira que vai jogar bola e treinar seu filho. Me curvo para todos que nunca desistem, nunca mesmo. Você é todos os dias um super-heroi/heroina e uma das pessoas mais fortes desse mundo! Um dia, quando nossos filhos tiverem crescido e tiverem com sua vida encaminhadas, vamos olhar para trás e comemorar que conseguimos tudo. Por hora podemos estar em paz por sabermos que não só fizemos o nosso melhor, fizemos o necessário. Quando o outro saiu nós nos multiplicamos e fizemos por eles desde então. Então aqui está você, guerreiro cansado e maravilhoso que se abasteça para a vida apenas com amor! 

Parabéns à vocês!
Com amor 
Martína Mädche 

Texto original de , Lisa Vallejos 
adaptado por Martína Mädche, advogada
OAB/RS 60.281
Martína Mädche, sou fundadora do blog, sendo que este projeto busca inspirar e transformar as vidas de pessoas. Tenho familiaridade com as conversas internas que temos. Conheço pessoalmente o diálogo interno negativo que e se manifesta a vergonha em tudo: relacionamentos, comunicação, parentalidade, o caminhar da vida. Através de minhas experiências familiares e profissionais, procuro ajudar homens e mulheres a percorrerem o processo de libertar-se de suas lutas internas. Nesse blog encontrarão orientações, diversas práticas e treinamentos que visam dar apoio  em momentos de conflito e crise familiares. 
Caso precise entrar em contato: Martína Mädche
Advogada e Profissional de Ajuda.
Contato: martina.madche@gmail.com
Grupo de Apoio do face: Separei e Agora?
Comunidade: Martina.MädcheComunidade: Divórcio para Eles
Comunidade: Divórcio para Elas


sábado, 3 de dezembro de 2016

Quando o outro é melhor que eu! Será que a grama do outro é mais verde que a minha?

E quando nos comparamos com os outros....

Com o fim de ano se aproximando, começamos a repensar o ano que passou e criar metas para o próximo. Nesta hora muitas vezes nos comparamos com outras pessoas que “tem tudo”. Pode ser amigos ou conhecido, uma celebridade, alguém rico e bem sucedido, um empresário, enfim qualquer pessoa que está em um lugar que gostaríamos de estar...

Outra forma de comparação é nos compararmos com a pessoa ideal que gostaríamos de ser... é aquela coisa eu devia ser assim.... porque não consigo cumprir meus sonhos e metas? E assim, inicia um automassacre...

Quando nos comparamos é quase que inevitável o desapontamento. Há sempre mais um eu .... deveria ter, poderia ter, ou teria feito... e assim vai.
Com certeza eu poderia ter mais dinheiro!
Como que não encontrei aquela pessoa tão sonhada!
Porque não consegui dar aquele salto na vida que tanto esperava?
Só pode ter alguma coisa errada comigo?
Então estou olhando para todas as coisas que eu não fiz e pensei que teria feito...
Como que eu não terminei isso?
Como não escrevi aquele livro que tanto sonho?
De novo não vou poder tirar aquelas férias!

Mas temos que parar de nos colocarmos para baixo!
Porque fizemos muitas outras coisas sim!
Eu me aperfeiçoei um pouco mais!
Fiz novos contatos e adquiri novos amigos!
Me dediquei aos meus filhos com mais intensidade! Curamos mais e mais nossas feridas!
Aprendi muito mais a meu respeito! E mais ainda com os outros...
Ajudei algumas pessoas com suas dores!
Me dediquei a estar mais presente no meu dia a dia.
Eliminei pessoas tóxicas da minha vida! E consegui dizer muitos nãos!
Curti muitos momentos felizes com amigos!
Tive coragem de me dedicar mais aos meus projetos!
Fiz um curso de Espiritualidade! E comecei a trabalhar como médium!
Li muitos e muitos livros.
Me permiti conhecer alguns homens.
Me alimentei melhor!

Portanto, todos deram alguns passos! Fomos mais corajosos do que eu realmente reconhecemos. Com certeza fomos mais corajosos que no passado sem dúvida! Fizemos mais esse ano!

Com certeza, se olharmos de perto, encontraremos novos sentimos e emoções que  talvez já havíamos esquecidos. E com certeza aprendemos lições valiosas! Também passamos por alguns perrengues e emoções que nem queríamos ter conhecido, mas sobrevivemos e saímos mais fortes, mais resistentes e muito mais determinados!

Por fim, podemos perceber que não há nada de bom em nos compararmos com os outros. E para quem pensa que seria ou deveria ter feito... sempre ficaremos desapontados, porque estamos nos comparando um ideal e a vida é real.
Quando nos comparamos com alguém, estamos nos comparando a uma parte externa de alguém como se fossemos iguais por dentro. E quando nos comparamos aos nossos sonhos e desejos nos olhamos como alguém que gostaríamos de ser e não quem realmente somos. ... Assim, nos comparamos com o que pensamos que deveria acontecer e não com o que realmente aconteceu.

Tenho certeza que cada um de nós teve grandes realizações esse ano, mesmo que não sejam tudo que cada um de nós queria de fato, mas é tudo que poderia ser, porque no final do dia, ainda temos que cuidar de nós mesmos!

Precisamos nos olhar no final de cada dia com mais amor, cuidado e compaixão! Isso pode ser até brega, mas é verdade, porque não podemos só dar tudo aos outros, mas temos que dar em primeiro lugar para nós mesmos! Então, para o próximo dia e mês faça o que puder ser feito! Realize, alcance, faça o que puder. Não se massacre pelo que não ocorreu! Não se flagele! Faça tudo que puder e o que não puder vai estar lá esperando, não se preocupe, temos muito tempo pela frente.


Então pense o que falta ainda para realizar esse mês,ou até o final do ano?

Texto de Jesica Rector, 
adaptado por  Martína Mädche

Martína Madche, advogada
OAB/RS 60.281

Martína Mädche, sou fundadora do blog, sendo que este projeto busca inspirar e transformar as vidas de pessoas. Tenho familiaridade com as conversas internas que temos. Conheço pessoalmente o diálogo interno negativo que e se manifesta a vergonha em tudo: relacionamentos, comunicação, parentalidade, o caminhar da vida. Através de minhas experiências familiares e profissionais, procuro ajudar homens e mulheres a percorrerem o processo de libertar-se de suas lutas internas. Nesse blog encontrarão orientações, diversas práticas e treinamentos que visam dar apoio  em momentos de conflito e crise familiares. 
Caso precise entrar em contato: Martína Mädche
Advogada e Profissional de Ajuda.
Contato: martina.madche@gmail.com
Grupo de Apoio do face: Separei e Agora?
Comunidade: Martina.MädcheComunidade: Divórcio para Eles
Comunidade: Divórcio para Elas

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

E se eu ficar o resto da vida sozinha - Como encarar o medo da solidão

O medo de passar o resto da vida sozinha

O medo de passar o resto da vida sozinha


Mães solteiras são guerreiras, também são um exemplo de pessoas fortes, determinadas e independentes, mas lá no íntimo temos muitos medos escondidos. Um deles pode ser o de que nunca mais encontraremos alguém, pois nenhum Homem vai querer algo sério com uma mulher com filhos. Você conhece esse medo?

Uma vez escutei que mulheres como eu correm contra o tempo para encontrar um relacionamento. Devo me apressar para encontrar um homem?
Confesso que fiquei irritada com essa afirmação, pois para mim era o pior conselho do mundo. Então me perguntei o porquê disso tudo! E aos pouco percebi que no fundo eu tinha é medo. Ao refletir um pouco sobre o conselho que recebi percebi uma lição. Olhei meus sentimentos mais de perto, e conheci uma parte muito vulnerável em mim.  Estava olhando para minhas sombras ...

Quando iniciei meu namoro me convenci que tinha encontrado a pessoa que ficaria comigo para o resto da vida. Até que enfim, não estaria mais sozinha. Pensei que teria essa pessoa para estar ao meu lado. Finalmente, tinha alguém para estar comigo ao acordar pela manhã e me acompanhar no embalo do dia até a noite cair. Porém, quando olhei mais a fundo, percebi que em todos os anos que passamos juntos eu na verdade sempre estive sozinha e confesso que aprofundando mais um pouco eu percebi que estive sozinha minha vida toda.

Quando olhei para meu casamento percebi que aquela pessoa que estava lá não era eu. Para manter minha família tive que fingir ter domínio de tudo para ser alguém que não era eu. Tive que ser Dona de Casa, quando secretamente queria aprender sobre pessoas e me realizar profissionalmente. Tive que assumir toda administração da casa e dos filhos, depois encontrar um “hobby produtivo” para ajudar no sustento da casa, mas na verdade nada daquilo me representava. Tínhamos que representar ser a família perfeita, vivíamos de aparências, pois no fundo, não tínhamos uma família. Todo dia enganava a mulher que realmente sou, assim, não teria que ficar sozinha com meus filhos. Cada dia que passava desaparecia um pequeno pedaço de mim. Cheguei a ter medo de deixar de fingir ser aquela mulher. Pensei que o coração daquela menininha que era emocionalmente tão sensível na infância e que cresceu e se tornou uma mulher que desejava tanto ajudar os outros não existiria mais. Mas chegou o dia em que ter que me tornar alguém para não estar sozinha era mais assustador do que realmente enfrentar a solidão.

O medo na verdade é uma ilusão. É uma manifestação da mente que nos impede de alcançar nosso potencial. A palavra medo em si já provoca reações negativas, então seria melhor alterar a palavra medo por uma palavra que seja reconhecidamente mais favorável como a palavra vulnerabilidade.

Por quê? Há duas maneiras de lidar com o medo. Podemos sentir o medo como uma sombra que permanece nos cantos escuros de nossas vidas e que tem poder sobre a gente, ou podemos reconhecê-lo como algo que nos deixa vulnerável. Estar vulnerável não é uma coisa ruim, pois é o que nos permite sentir e nos leva a nos relacionarmos com os outros. É a parte que nos permite ser quem somos. Assim foi comigo. Reconheci minha vulnerabilidade em me envolver em um relacionamento como mãe solteira  o que me levou a me relacionar com tantos leitores. E quando olhamos para o medo dessa forma ganhamos poder.

Portanto, não estamos sozinhos. Se estiveres lendo estas palavras és provavelmente uma mãe solteira como eu, ou seja, significa que tens filhos e, portanto, não estás sozinha. Teus filhos irão amar te incondicionalmente, assim como tu os ama. Eles sempre estarão lá para ti e eles sempre serão a tua maior razão de viver.

É fácil viajar em nossos sonhos românticos incorrigíveis. Sonhamos encontrar um homem que nunca irá nos abandonar. Mas naqueles dias, em que perco a esperança e me vejo completamente só e abandonada, eu me lembro que tenho um menino e uma menina que sempre precisarão de mim. E isso é tudo que eu preciso e então nada mais importa.

Hoje estou sozinha. Uma das maiores razões para eu deixar meu casamento era porque eu não podia ser eu mesma. Devemos lembrar que somos seres únicos, não existe ninguém igual. E é isso que nos deixa bonito, encantador e original. Somos os únicos que podemos ser filhos de nossa mãe e nosso pai. Só tu podes dar ao mundo o que tu podes dar. Nunca tente ser outra pessoa para conquistar um amor ou uma segurança, porque se tiveres que ser alguém diferente, viverás uma vida muito solitária independentemente de estares sozinha ou acompanhada.

Nunca se contente com pouco. A razão de 54% dos casamentos terminarem em divórcio é porque as pessoas se contentam com muito menos do que elas desejam e que as tornariam felizes. Não somos fieis a nós mesmos. Estamos mais preocupados em encontrarmos uma parceira funcional do que um relacionamento maduro e realizador.

Acredite! Quando me vi preocupada e apreensiva com minha gravidez e como teria que me virar com um filho sozinha me apavorei. Foi quando meu ex me pediu em casamento. Senti um alívio naquele instante me imaginei no inicio de um conto de fadas no qual teríamos uma vida longa juntos. Porém, eu não estava feliz. Meu medo de ser uma mãe solteira e não dar conta do recado era maior do que o desejo de ser feliz. Fiquei seis anos me contentando com uma segurança barata na forma de um anel no dedo e percebendo que aquele casamento não era bom para mim.

Não tenha medo de estar sozinha garanto que é melhor do que se contentar em estar do lado de uma pessoa que não te ama pelo que és ou para estar do lado de alguém que não ames verdadeiramente. Lembre o medo é algo que pode te capacitar e trazer a verdadeira felicidade. É melhor estar sozinho e feliz do que casada e infeliz.

Então o que eu digo para as pessoas que querem me enquadrar no estereótipo velho e barato e que devo ter pressa por ter 39 anos e ser mãe solteira e que preciso garantir um relacionamento?

É o seguinte: “ se estivesse preocupada correndo contra o tempo, eu ainda estaria casada, mas não haviam razões para isso, pois minha felicidade é mais importante do que estar sozinha. E se eu ficar sozinha para o resto da minha vida é porque eu nunca encontrei ninguém que me ofereça o que eu mereço. Sim, hoje estou completamente sozinha, mas estou feliz. Eu acordo de manhã e lembro do que tenho e não do que eu não tenho e é tudo que eu realmente preciso para ser feliz, por isso, se eu nunca encontrar um homem para compartilhar minha vida pelo menos terei a minha felicidade.


Texto de Kristi Castro, 
adaptado por  Martína Mädche

Martína Madche, advogada
OAB/RS 60.281

Martína Mädche, sou fundadora do blog, sendo que este projeto busca ajudar pessoas a reencontrar a Felicidade, por meio de orientações, diversas práticas e treinamentos que visam apoiar mulheres e homens no processo de divórcio e crises familiares. 
Caso precise entrar em contato: Martína Mädche
Advogada e Profissional de Ajuda.
Contato: martina.madche@gmail.com
Grupo de Apoio do face: Separei e Agora?
Comunidade: Martina.MädcheComunidade: Divórcio para Eles
Comunidade: Divórcio para Elas