quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Alienação Parental: Quando o "melhor interesse da criança" falha



Alienação Parental: Quando o "melhor interesse da crianças" falha!

Hoje temos uma excepcional taxa de divórcios, uma taxa que se aproxima de 57% de todos os casamentos, pesquisadores e profissionais que apóiam crianças  estão ficando preocupados com os efeitos do divórcio sobre as crianças. Vários estudos foram realizados para avaliar as conseqüências do divórcio sobre as crianças.
Uma estatística alarmante decorrente da pesquisa sugere que, por causa do divórcio, dois terços dos seus filhos estão sujeitos a todos os tipos de acidentes, incluindo abuso de drogas e álcool, problemas na escola, distúrbios psiquiátricos e comportamentais, atividades criminosas, relacionamentos problemáticos e / ou adultos com dificuldades de relações interpessoais.
Um dado relevante é achar que crianças geradas fora do casamento têm risco ainda maior, mas isto é falso, os pesquisadores afirmaram o contrário. Estes pesquisadores afirmaram que as conseqüências prejudiciais para as crianças não surgem do divórcio em si, mas sim de como os pais lidam com o divórcio.
Ou seja, se os pais conseguem proteger seus filhos do conflito conjugal e das hostilidades e, simultaneamente, buscam manter um relacionamento respeitoso após a separação. Então seus filhos podem vir a ter um desenvolvimento tão favorável quanto às crianças que permanecem com os dois pais casados e felizes. Na verdade, a pesquisa confirma, ainda, que as crianças cujos pais permanecem juntos, mas em um ambiente familiar hostil estas sofrem das mesmas conseqüências que um divórcio litigioso e hostil.

As pesquisas evidenciam e confirmam que os efeitos negativos sobre as crianças decorrem de um relacionamento ruim entre seus pais não importa se isto ocorre dentro ou fora do casamento. A relação entre pais e filhos passa a ter efeitos negativos emocionais, quando há uma relação triangular, com o fracasso dos pais e a alienação parental, e quando ocorre uma minimização ou ausência de um dos pais, ou seja, quando um dos pais deixa de atuar como pai passando a ter um sub-envolvimento.


Em seu estudo pioneiro,  Wallerstein e Kelly (1980) validou esta distinção importante quando afirmou:

"A principal conclusão a respeito dos efeitos do divórcio é que as relações com a família pós-divórcio é provável que governam os resultados de longo prazo para crianças e adolescentes.Simplificando, o perigo central que o divórcio representa para a saúde psicológica e desenvolvimento de crianças e adolescentes está na parentalidade diminuída ou interrompida, que tantas vezes segue na esteira da ruptura e que pode tornar-se consolidou no seio da família pós-divórcio.


Assim, quando o divórcio é realizado cuidadosamente, onde eles [os pais] fizeram acordos para manter um bom relacionamento entre pais e filhos com ambos os pais, em seguida, as crianças não são propensas a sofrer interferência no desenvolvimento ou sofrimento psicológico duradouro.

Em contra partida, se o divórcio é realizado principalmente como uma decisão unilateral, onde haja uma postura em que um dos pais humilha, irrita ou entristece o outro e estes sentimentos continuam a dominar o relacionamento após-divórcio dos parceiros as crianças são pouco apoiadas e mal informadas sendo levados a ter que optarem entre os pais para atuarem em batalhas contínuas e vistas como extensões dos adultos, então, o resultado mais provável para as crianças é a interferência de desenvolvimento e depressão ".
Embora os autores concluíssem que o prognóstico favorável para as crianças do divórcio depende de uma relação de parentesco civilizada, eles ainda determinaram que, tragicamente, apenas 5% dos casais em seu estudo foram capazes de conseguir isso.
Os psiquiatras que fundaram o movimento de terapia familiar documentaram esse padrão disfuncional na interação familiar no início dos anos 50 ao observar seus pacientes psiquiátricos na enfermaria do hospital durante as visitas com suas famílias.
Por exemplo, o psiquiatra Murray Bowen (1978), classificou como um "triângulo patológico." Na verdade, ele estava tão convencido de que essa triangulação criada é que causava os sintomas das crianças, a ponto que quando havia a internação hospitalar de uma criança era necessário hospitalizar a família inteira! Wallerstein e Kelly descreveram este padrão de interação familiar como "o alinhamento hostil da criança e um dos pais contra o outro progenitor" (p. 99).
Hoje temos estudos que 80% das crianças submetidas a um divórcio tornam enredados em algum grau na hostilidade entre seus pais. Hoje se pode dizer que a sociedade, falha como um todo na proteção das crianças “divorciadas”. Nem mesmo a lei da guarda compartilhada, que deveria ajudar na melhora da relação entre os pais divorciados, conseguiu proteger as crianças desta triangulação. A intenção desta foi fazer com que o “pai” estivesse presente de uma forma mais ativa, entretanto, hoje podemos concluir que os problemas emocionais gerados não são abrangidos por esta lei.
Eu sustento que nosso modelo legal de resolução de questões da guarda infantil que geram a escolha de um dos pais em detrimento do outro não serve ao melhor interesse da criança, na grande maioria dos casos, exceto nos casos em que um pai gera risco para a criança.
Hoje eu afirmo, com base em estudos clínicos e jurídicos com crianças e famílias, que o padrão de "o melhor interesse da criança" é profundamente falho porque ele não reconhece e requerem cada um dos pais a ser igualmente importante para a criança.
É, ao contrário, um produto do sistema acusatório, pois ele se baseia na crença de que uma seleção deve ser feita entre os dois pais a respeito de quem seria o pai residencial melhor, sendo o responsável primário e tomador de decisões para a criança, enquanto o outro progenitor é concedido o direito de visitação limitado.

Este processo de seleção é prejudicial e transmite aos pais que eles têm a opção de rejeitar a parentalidade, além disto a crianças fica no aguarda de uma decisão de que será melhor para ela. Gerando um estado de insegurança e de ansiedade até uma decisão futura.

É necessário um estudo urgente destas questões, pois enquanto isto as crianças ficam vivenciando inúmeras agressões entre os adultos.

Boa sorte a todos!

por Martína Mädche, advogada

OAB/RS 60.281


Martína Mädche, sou fundadora do blog, sendo que este projeto busca inspirar e transformar as vidas de pessoas. Tenho familiaridade com as conversas internas que temos. Conheço pessoalmente o diálogo interno negativo que e se manifesta a vergonha em tudo: relacionamentos, comunicação, parentalidade, o caminhar da vida. Através de minhas experiências familiares e profissionais, procuro ajudar homens e mulheres a percorrerem o processo de libertar-se de suas lutas internas. Nesse blog encontrarão orientações, diversas práticas e treinamentos que visam dar apoio  em momentos de conflito e crise familiares. 


Caso precise entrar em contato: Martína Mädche

Advogada e Profissional de Ajuda.
Contato: martina.madche@gmail.com
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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Adultério é crime?

Adultério é crime?




O adultério sempre gerou muita discussão em nossa sociedade desde a introdução da monogamia. Antigamente, além do sofrimento psicológico para a vítima e seus familiares, o adultério era considerado crime, previsto no Código Penal. Na atualidade, não configura mais crime sob o ponto de vista penal conforme veremos a seguir.

O ilícito penal, ou seja, a prática de um crime gera responsabilidade penal e pressupõe a ocorrência de dano social, podendo se punido com a prisão ou outras penas. Por outro lado, o ilícito civil, acarreta a responsabilidade civil, e requer a existência do chamado dano privado, isto é, dano moral ou material à pessoa do ofendido.
O adultério configurava dano social e, pelo artigo 240 do Código Penal, era considerado crime. Esse artigo foi revogado, deixando-se de ser o adultério crime na órbita penal, uma vez que o adultério não configura dano social.
Na esfera civil, existem outros ilícitos que podem causar dano moral ao cônjuge traído, e são denominados de quase-adulterio. Tais casos ocorrem quando há intenção do cônjuge de obter satisfação sexual fora do casamento, ainda que não tenha sido consumado o ato sexual; entre eles podemos citar o adultério virtual pela internet.
Adultério é uma injúria grave, sendo causa de separação judicial culposa. Vamos analisar como na prática, a decretação judicial da culpa interfere no âmbito das relações familiares:
Deve-se ressaltar que o adultério não afeta a partilha dos bens, que seguirá as regras do regime de casamento adotado pelos cônjuges.
Cabe ao cônjuge traído a iniciativa de incluir no processo de separação ou divórcio, a discussão relativa à infidelidade, como motivo para decretação da culpa pela separação do casal.
Entretanto o dever de fidelidade e a possibilidade de decretação culposa da separação judicial, pelo descumprimento desse dever não têm em vista a punição pela falta de amor.
Ninguém é obrigado a permanecer casado se não quiser. A separação ou o divórcio podem ser de forma consensual, (havendo comum acordo) ou contra a vontade do outro.
Para tanto, inicialmente devemos distinguir entre violação do direito civil, -- denominado o ilícito civil -- e a violação do direito penal,-- denominado ilícito penal.
Entretanto a fidelidade, como dever do casamento, continua em vigor, sendo claro que o adultério pode acarretar dano pessoal, principalmente de natureza moral, gerando angústia, constrangimento e sofrimento ao cônjuge traído.
Provada a traição, aquele que traiu, mulher ou o marido, perde o direito de receber pensão, a não ser aos alimentos indispensáveis à sua sobrevivência, desde que não tenha condições para trabalhar ou parentes que possam alimentá-lo.
Perde também o direito de manter o sobrenome do marido, podendo conservá-lo excepcionalmente, caso a sua retirada possa acarretar em grave prejuízo.
A falta de amor não consiste em ilícito, pois amor é sentimento e não dever ou direito. Na sua ausência existem outras formas de separação judicial e divórcio.
Resumidamente, adultério não é crime mas, o cônjuge que trai comete ilícito civil e deve ter consciência da dimensão dos problemas que daí possam decorrer.

Sinais de infidelidade:

Sinais de infidelidade...

A união de duas pessoas de sexo opostos é uma tradição que vem passando de geração desde que os homens viviam nas cavernas, com ela surgiram os casos extraconjugais. Outra crença que vem desde quase o início dos tempos, é que as pessoas acreditam que o casamento era importante para manter uma sociedade coesa, saudável. Além desta cultiva-se a crença que o casamento deveria ser monogâmico, apesar desta crença, alguns seres humanos parecem não conseguir viver uma vida monogâmica. As pesquisas mostram que estes assuntos são tão antigas quanto o próprio casamento.
Por que as pessoas têm casos extra-conjugais?
Alguns dizem que relações monogâmicas não são naturais. Eles acreditam que os seres humanos não são biologicamente inclinados a companheiro para a vida. Acredito que, para cada pessoa que teve um caso há provavelmente uma razão para justificá-lo, em seus olhos. Minha opinião é que críamos expectativas muito altas em relação à pessoa que escolhemos para ficar do nosso lado. Quando as nossas expectativas não forem atendidas olhamos para fora do casamento a fim de encontrar alguém que possa preenchê-las.
Quem é o outro homem / outra mulher?
Em geral, a sociedade olha para o outro homem / outra mulher como sendo o responsável por destruir um lar. É compreensível que o outro homem / outra mulher se tornem o alvo para a raiva e fúria o cônjuge enganado. Culpar o outro homem / outra mulher nos impede de ter que assumir a responsabilidade pelos problemas no casamento e a enfrentar os nossos próprios sentimentos, de modo que nós gostamos de fingir que se não fosse por essa outra pessoa o casamento não teriam em crise. O problema é que não teria havido, ele só teria sido um outro homem diferente / outra mulher.
Como você sabe se sua esposa está tendo um caso?
Determinar se ou não o seu cônjuge está te traindo é distinguir entre o "sentimento" de que tem algo errado e a realidade da situação. Você tem a intuição de que algo está acontecendo devido a uma mudança de comportamentos por parte de seu esposo, mas quando você tenta discutir suas suspeitas seu cônjuge se fecha. Seu esposo tornou-se distante, ele / ela está trabalhando mais horas, ou, sua vida sexual morreu. Todos os sinais estão lá, a questão é ter coragem para prestar atenção a eles, mas não confunda os sinais com a prova. Não faça acusações que você não pode provar!
Como você deve responder a um caso?
Se seu companheiro está tendo um caso a resposta virá. A grande questão é como você vai se posicionar. A resposta, eu espero que seja pensada, pois não se deve piorar uma situação que já é bem complicada. Você pode sentir a necessidade de espionar o seu cônjuge, se você está desconfiado. Isso é compreensível.
Os efeitos extra-conjugais.
Quando um dos parceiros se distancia e busca suprir as suas necessidades emocionais ou físicas, em outro parceiro você corre o risco de acabar com o relacionamento, ou perdoar e permanecer nele, mas de qualquer forma, caso extraconjugal terá grandes efeitos que podem ser sentidos por algum tempo.
Boa Sorte

Martína

domingo, 17 de novembro de 2013

SEIS SINAS QUE SEU CASAMENTO ESTÁ EM PERIGO

SEIS SINAS QUE SEU CASAMENTO ESTÁ EM PERIGO

Muitos casais acabam se divorciando. A questão é porque esperar até que seja tarde demais? Porque não procurar ajuda necessária para salvar seu casamento? Não lidar com problemas conjugais pode significar um acúmulo de ressentimento, mágoa e pode levar a um dos cônjuges a se separar emocionalmente do outro. Abaixo estão seis sinais de que você pode estar esperado demais para salvar seu casamento.

1.       Você já sonhou com uma vida sem seu cônjuge:

Pensar sobre o quanto a vida seria melhor se você estivesse divorciado é comum. Acontece durante os períodos de conflito conjugal para a maioria dos casais. O que não é normal é, muitas vezes, fantasiar sobre o divórcio. Este é um sinal de que você está preso em uma situação desagradável e você é incapaz de encontrar uma solução. É um sinal claro de que você precisa procurar uma terapia de casal antes que seja tarde demais.
Se você está ansioso para ter uma vida longe de seu esposo eu encorajo você a compartilhar esses sentimentos com seu cônjuge. Pode não ser a discussão mais confortável que você terá com o seu cônjuge, mas este tem o direito de saber que você está questionando se deseja ou não manter o casamento.

2.       Quando os aspectos negativos superam o positivo

Se os aspectos negativos superam os positivos em seu casamento, então o seu casamento está em apuros e precisa de ajuda. Se houver mais problemas do que o “paraíso”, você precisa obter ajuda para aprender a como enfrentar os conflitos do seu casamento. Não espere, não fique parado. Você precisa tomar medidas pró-ativas para resolver seus problemas conjugais. A inércia vai levar a outros problemas, então enfrente os aspectos negativos e não leve seu problema adiante, invista em ser feliz para ter um bom casamento.
Faça um favor a você mesmo, ao seu cônjuge e ao seu casamento e não permita que a balança penda muito para o negativo procure ajuda e orientação de como lidar com esses conflitos conjugais.

3.       Guardar rancores e mágoas dentro de ti

Você encontra-se temeroso para falar com o seu cônjuge sobre os problemas conjugais ou da vida em geral? A comunicação é uma importante forma de aliviar o stress e criar um vínculo saudável entre os casais. Se você não se sente confortável conversar com seu marido isso poderia ser um sinal de que você não sente falta de confiança em seu cônjuge. Um casamento não pode sobreviver onde não se confia.

4.       Se um dos dois vive na defensiva

Se qualquer um de vocês vive na defensiva, despreza os sentimentos do outro, mostra desprezo pelas crenças ou a sua forma de se engajar, então você está com alto risco de divórcio. Quando os problemas estão sendo evitados ou mecanismos de defesa negativos estão envolvidos ao tentar lidar com o conflito você não está permitindo a resolução de conflitos saudável. Ele pode ser o beijo da morte para um casamento.

5.       Você se sente como o único tentando resolver os problemas

Você está frustrado porque cada vez que você tenta discutir os problemas com seu cônjuge este se afasta de você? Você já falou que você não se importa mais. Não é incomum que um dos cônjuges se retire, quando um sente que os problemas no casamento estão sendo evitadas pelo outro cônjuge. Eventualmente, um ou outro cônjuge vai se desligado e já não está interessado em resolver os problemas conjugais.

6.       Você raramente, ou nunca faz sexo

Talvez um de vocês deseja sexo e o outro não quer. Talvez você tenha ficado tanto tempo parado que há a necessidade de uma nova conexão íntima com o outro. Qualquer que seja a razão, um casamento que não tem intimidade sexual e afeição tem grande chance em acabar em divórcio ou acabar sendo um casamento de conveniência. Aquele em que você fica para o bem das crianças, ou porque você está com medo da mudança.

Quando se evita superar problemas conjugais importantes, tais como a falta de sexo, isto faz com que um casamento acabe secando como uma videira, gera ressentimento no cônjuge que está se sentindo menos satisfeito e ele quebra o vínculo que todos os casamentos devem ser construídos o vínculo da intimidade.
BOA SORTE


MARTÍNA

sábado, 2 de novembro de 2013

A superação traumas por crianças que possuem relações amorosas, uma reflexão sobre relações humanas!

Sempre me preocupei com o impacto de relações de convivências que envolvem o abandono e agressão em crianças. Sei do impacto que ações negativas causam na alma de uma criança. Hoje, busco compreender mais um pouco, tendo em vista as vivências de meus filhos. Como mãe, com um amor incondicional, busco proteger meus filhos de agressões desnecessários, por isto compartilho esta reflexão para aqueles que, assim como eu, estão preocupados com agressões as quais as crianças ou seus filhos ficam submetidas. Estou muito feliz por estar fazendo a minha parte. 

Uma outra bordagem na “salutogênese” pesquisa a resistência das pessoas, e descobriu que a hereditariedade e o ambiente não são os únicos fatores determinantes na evolução da pessoa. Há um terceiro fator, até agora subestimado, mas de importância fulcral: o fator das relações humanas.

O que caracteriza boas relações entre pessoas?
Há três aspectos que caracterizam a essência da qualidade humana:
• Honestidade, sinceridade, verdade,
• Amor;
• Respeito pela autonomia e dignidade do outro, mesmo que se trate de um bebê ou de uma pessoa dependente de ajuda.

Caso uma criança possa vivenciar uma tal boa relação – mesmo que seja com apenas uma pessoa ou apenas num determinado período da infância – poderá fazer uma evolução anímica saudável, mesmo quando existem condicionantes muito desfavoráveis como agressões físicas à noite e o abandono durante o dia. Quando existe uma verdadeira e profunda relação com alguém, a saúde anímica não precisa estar necessariamente posta em causa, pelo contrário, uma tal criança poderá até desenvolver uma sensibilidade e compaixão especiais.


O livro “Plus fort que la haine”, que teve muito impacto em França, é um magnífico exemplo disso. “Mais forte que o ódio” narra o amor e a humanidade vivenciados numa família de apoio por uma criança com apenas três anos, extremamente traumatizada e abandonada, durante preciosos três meses. Esta vivência é marcante para o resto da sua vida e permite-lhe identificar-se com a bondade e o carinho. “Fortalecer a criança: pedagogia entre risco e resistência” é o título de uma publicação alemã que analisa numerosos estados sobre a qualidade da vida de numerosas crianças, demonstrando como se lançam os alicerces para a saúde durante toda uma vida.
Que nossas histórias sejam escritas com mais amor, que haja mais paciência em nossas convivência , principalmente para aqueles que convivem com crianças...
(adaptação do texto de uma amiga Lucia)
Por mais histórias de amor...
Martina

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

O que esperar de um ex-cônjuge irritado durante as negociações de um acordo de divórcio


Como o seu cônjuge se comporta durante a negociação da separação. terá um impacto direto sobre se haverá ou não um acordo justo, a menos, claro, se você faça uma negociação orientada e dirigida.

Vou usar minha experiência pessoal com o divórcio como exemplo neste artigo. Durante nosso casamento eu tinha certas expectativas em relação ao meu marido, quando fiz o divórcio tinha ainda em mente uma impressão antiga dele o que foi um GRANDE ERRO!
Eu sabia que meu marido era um homem gentil, atencioso e respeitoso. Eu pensei que os traços de caráter desempenhariam um papel fundamental na forma como seria resolvida nossas vidas durante a separação. Claro que eu não consegui ajustar a minha separação de acordo com o que eu esperaria dele. Não consegui proteger os meus direitos de acordo com a minha capacidade.
Durante um casamento sentimos um senso de responsabilidade para o bem-estar de um dos cônjuges. Para alguns o divórcio tira aquela sensação de responsabilidade e a pessoa passa para a proteção de seus próprios interesses em detrimento dos outros.
Se você quer sair de um divórcio com uma solução equitativa você precisa refletir como o seu cônjuge irá se “defender”, como será a posição dele em relação às discussões que serão abordadas. Só porque o seu cônjuge não foi agressivo durante o casamento não significa que não será durante o divórcio.

Comportamentos que podem prever as estratégias legais que seu cônjuge usará:

·         Poder Financeiro durante o casamento:
Você cogitou que seu ex poderia esconder ou desviar dinheiro da sua família?
Quem tinha o salário maior durante o casamento? Que tipo de aplicações havia? Que tipo de ganhos? Quais conexões financeiras são possíveis? Será que seu ex já contratou uma orientação judicial?
Se o seu cônjuge foi o único com o poder durante o casamento, no divórcio isto dificilmente vai mudar, pois ninguém está disposto a abrir mão dele. Não duvide que o ex irritado é capaz de usar do seu poder para manipular a situação financeira e emocional.
Se o seu cônjuge não tem muito dinheiro, mas contrata um grande nome advogado renomeado na área de família é mais do que provável que ele / ela está se preparando para litigar até a morte. Se for possível, você deve armar-se com o mesmo arsenal legal e atitude.
·         Instabilidade emocional:
Uma pessoa emocionalmente instável pode ser sim perigosa. Se o seu cônjuge não é capaz de lidar com as emoções negativas para usar a lógica, durante este tempo, então, orientamos você para tomar mais cuidados. Você terá que levar em consideração que você está tentando negociar questões financeiras com alguém que não está agindo racionalmente.
Nesta situação orientamos que além de consultar um advogado na área de família, você consulte um psicólogo que é capaz de ajudá-lo a compreender os comportamentos irracionais de seu cônjuge.
·         Seu esposo quer um divórcio neste instante:
Aqui está um exemplo da separação imediata. Se sua esposa está tendo um caso , ele / ela está apaixonado e quer construir uma nova vida com o novo interesse amoroso. Nestes casos, um dos cônjuges pode querer a separação o mais rápido possível.
Por outro lado, o cônjuge que foi deixado para trás para o novo amor pode tentar arrastar o processo de divórcio, arrastando o processo por meio de litígios. Em alguns casos, o desejo de um cônjuge para avançar rapidamente pode ser usado contra ele.

É bom se preparar estrategicamente para o divórcio com base em comportamentos que você está vendo em seu cônjuge. Se o seu cônjuge está se comportando como um inimigo você precisa parar e pensar em suas estratégias para enfrentar esta separação.
Boa Sorte
Martina



quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Ponderações para negociar com um ex irritado


Conhecimento e consciência é a chave para a negociação bem sucedida de um acordo em um divórcio.
Minha experiência mostra que o” ex raivoso” normalmente sai bem sucedido em uma negociação. Por quê? Normalmente, ele está disposto a pagar um alto preço por um advogado e usa de todos os recursos para punir quem o machucou, e para tanto usa todos os recursos disponíveis no sistema judicial.

O Advogado não deve incentivar o cliente a agir com atitudes raivosas, devendo orientar o cliente a manter a civilidade, mostrando os prejuízos das relações de inimizade. Entretanto, quando estamos lindando com uma separação litigiosa é importante estar alerta e prestar muita atenção.

Ocorre que em uma situação em que o ex está bastante ferido deve-se ter muita atenção à forma como o ex está escolhendo para "defender-se" durante o processo de divórcio. Procurar orientação ajuda a entender que a raiva é uma emoção secundária que abrange sentimentos de abandono, medo, perda, vergonha ou culpa, para citar alguns.

É comum as pessoas que reagem com emoções negativas usem de todas as alternativas legais para recuperar uma sensação de poder. Estar ciente do que impulsiona o seu mau comportamento pode lhe ajudar a se proteger legalmente, podendo se formular respostas adequadas ao seu comportamento.

A separação é considerada a segunda maior pressões da vida, seguindo apenas da morte de um filho ou cônjuge, na lista de 43 eventos mais estressantes.

O estresse e a raiva que seu ex está sentindo irão impactar diretamente em qualquer negociação de seu processo judicial e na condução da sua separação. Você deve se preparar para responder adequadamente a estas questões.


Boa Sorte, 

Martína

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Nem sempre o Divórcio deve ser a primeira opção!


Contos da Vida!

Naquela noite,enquanto minha esposa servia o jantar, eu segurei sua mão e disse: "Tenho algo importante para te dizer". Ela se sentou e jantou sem dizer uma palavra. Pude ver sofrimento em seus olhos.

De 
repente, eu também fiquei sem palavras. No entanto, eu tinha que dizer a ela o que estava pensando. Eu queria o divórcio. E abordei o assunto calmamente.

Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente perguntou em voz baixa: "Porquê?" Eu evitei respondê-la, o que a deixou muito brava. Ela jogou os talheres longe e gritou "você não é homem!" Naquela noite, nós não conversamos mais. Pude ouví-la chorando. Eu sabia que ela queria um motivo para o fim do nosso casamento. Mas eu não tinha uma resposta satisfatória para esta pergunta. O meu coração não pertencia a ela mais e sim a Jane. Eu simplesmente não a amava mais, sentia pena dela.
Me sentindo muito culpado, rascunhei um acordo de divórcio, deixando para ela a casa, nosso carro e 30% das ações da minha empresa.

Ela tomou o papel da minha mão e o rasgou violentamente. A mulher com quem vivi pelos últimos 10 anos se tornou uma estranha para mim. Eu fiquei com dó deste desperdício de tempo e energia mas eu não voltaria atrás do que disse, pois amava a Jane profundamente. Finalmente ela começou a chorar alto na minha frente, o que já era esperado. Eu me senti libertado enquanto ela chorava. A minha obsessão por divórcio nas últimas semanas finalmente se materializava e o fim estava mais perto agora.

No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na mesa escrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi imediatamente, pois estava cansado depois de ter passado o dia com a Jane.

Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada à mesa, escrevendo. Eu a ignorei e volteia dormir.

Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: ela não queria nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de forma mais natural possível. As suas razões eram simples: o nosso filho faria seus exames no próximo mês e precisava de um ambiente propício para preparar-se bem, sem os problemas de ter que lidar com o rompimento de seus pais.

Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo mais. Ela me lembrou do momento em que eu a carreguei para dentro da nossa casa no dia em que nos casamos e me pediu que durante os próximos 30 dias eu a carregasse para fora da casa todas as manhãs. Eu então percebi que ela estava completamente louca mas aceitei sua proposta para não tornar meus próximos dias ainda mais intoleráveis.

Eu contei para a Jane sobre o pedido da minha esposa e ela riu muito e achou a idéia totalmente absurda. "Ela pensa que impondo condições assim vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação e aceitar o divórcio", disse Jane em tom de gozação.

Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito tempo, então quando eu a carreguei para fora da casa no primeiro dia, foi totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo "O papai está carregando a mamãe no colo!" Suas palavras me causaram constrangimento. Do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa, eu devo ter caminhado uns 10 metros carregando minha esposa no colo. Ela fechou os olhos e disse baixinho "Não conte para o nosso filho sobre o divórcio" Eu balancei a cabeça mesmo discordando e então a coloquei no chão assim que atravessamos a porta de entrada da casa. Ela foi pegar o ônibus para o trabalho e eu dirigi para o escritório.

No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu peito,eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi que há muito tempo não prestava atenção a essa mulher. Ela certamente tinha
envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seu cabelo estava ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve muito impacto nela.
Por uns segundos,cheguei a pensar no que havia feito para ela estar neste estado.

No quarto dia, quando eu a levantei, senti uma certa intimidade maior como corpo dela. Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a mim.

No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada a Jane, mas ficava a cada dia mais fácil carregá-la do nosso quarto à porta da casa. Talvez meus músculos estejam mais firmes com o exercício, pensei.

Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentou uma série deles mas não conseguia achar um que servisse. Com um suspiro, ela disse "Todos os meus vestidos estão grandes para mim". Eu então percebi que ela realmente havia emagrecido bastante, daí a facilidade em carregá-la nos últimos dias.

A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso... ela carrega tanta dor e tristeza em seu coração... Instintivamente, eu estiquei o braço e toquei seus cabelos.

Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse "Pai, está na hora de você carregar a mamãe". Para ele, ver seu pai carregando sua mão todas as manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por alguns longos segundos. Eu tive que sair de perto, temendo mudar de idéia agora que estava tão perto do meu objetivo.
Em seguida, eu a carreguei em meus braços, do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa. Sua mão repousava em meu pescoço. Eu a segurei firme contra o meu corpo. Lembrei-me do dia do nosso casamento.

Mas o seu corpo tão magro me deixou triste. No último dia, quando eu a segurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas pernas.Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciando estas palavras:"Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidade com o tempo".

Eu não consegui dirigir para o trabalho... fui até o meu novo futuro endereço,saí do carro apressadamente, com medo de mudar de idéia... Subi as escadas e bati na porta do quarto. A Jane abriu a porta e eu disse a ela "Desculpe Jane. Eu não quero mais me divorciar".

Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa "Você está com febre?" Eu tirei sua mão da minha testa e repeti "Desculpe,Jane. Eu não vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não soubemos valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor. Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa no dia do nosso casamento para nossa casa, eu devo segurá-la até que a morte nos separe.

A Jane então percebeu que era sério. Me deu um tapa no rosto, bateu a porta na minha cara e pude ouví-la chorando compulsivamente. Eu voltei para o carro e fui trabalhar.

Na loja de flores, no caminho de volta para casa, eu comprei um buquê de rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostaria de escrever no cartão. Eu sorri e escrevi: "Eu te carregarei em meus braços todas as manhãs até que a morte nos separe".

Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão e um grande sorriso no rosto, fui direto para o nosso quarto onde encontrei minha esposa deitada na cama, morta.
Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando a vários meses, mas eu estava muito ocupado com a Jane para perceber que havia algo errado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos de um divórcio - e prolongou a nossa vida juntos proporcionando ao nosso filho a imagem de nós dois juntos toda manhã. Pelo menos aos olhos do meu filho, eu sou um marido carinhoso.

Os pequenos detalhes de nossa vida são o que realmente contam num relacionamento. Não é a mansão, o carro, as propriedades, o dinheiro no banco. Estes bens criam um ambiente propício a felicidade mas não proporcionam mais do que conforto. Portanto, encontre tempo para ser amigo de sua esposa, faça pequenas coisas um para o outro para mantê-los próximos e íntimos. Tenham um casamento real e feliz!

Se você não dividir isso com alguém, nada vai te acontecer.

Mas se escolher compartilhar para alguém, talvez salve um casamento. Muitos fracassados na vida são pessoas que não perceberam que estavam tão perto do sucesso e preferiram desistir...

(Rubens Lima)

Valorize quem realmente te ama ... Pense nisso ... !!