Uma outra bordagem na “salutogênese” pesquisa a resistência das pessoas, e descobriu que a hereditariedade e o ambiente não são os únicos fatores determinantes na evolução da pessoa. Há um terceiro fator, até agora subestimado, mas de importância fulcral: o fator das relações humanas.
O que caracteriza boas relações entre pessoas?
Há três aspectos que caracterizam a essência da qualidade humana:
• Honestidade, sinceridade, verdade,
• Amor;
• Respeito pela autonomia e dignidade do outro, mesmo que se trate de um bebê ou de uma pessoa dependente de ajuda.
Caso uma criança possa vivenciar uma tal boa relação – mesmo que seja com apenas uma pessoa ou apenas num determinado período da infância – poderá fazer uma evolução anímica saudável, mesmo quando existem condicionantes muito desfavoráveis como agressões físicas à noite e o abandono durante o dia. Quando existe uma verdadeira e profunda relação com alguém, a saúde anímica não precisa estar necessariamente posta em causa, pelo contrário, uma tal criança poderá até desenvolver uma sensibilidade e compaixão especiais.
O livro “Plus fort que la haine”, que teve muito impacto em França, é um magnífico exemplo disso. “Mais forte que o ódio” narra o amor e a humanidade vivenciados numa família de apoio por uma criança com apenas três anos, extremamente traumatizada e abandonada, durante preciosos três meses. Esta vivência é marcante para o resto da sua vida e permite-lhe identificar-se com a bondade e o carinho. “Fortalecer a criança: pedagogia entre risco e resistência” é o título de uma publicação alemã que analisa numerosos estados sobre a qualidade da vida de numerosas crianças, demonstrando como se lançam os alicerces para a saúde durante toda uma vida.
Que nossas histórias sejam escritas com mais amor, que haja mais paciência em nossas convivência , principalmente para aqueles que convivem com crianças...
(adaptação do texto de uma amiga Lucia)
Por mais histórias de amor...
Martina
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