Só conhecemos as pessoas quando elas
saem de nossas vidas!
É engraçado dizer isso ... mas só enxergamos isso quando a relação termina.
De repente,
todas as qualidades desaparecem como se nunca existissem existido, e a pessoa que achávamos
ter amado com todo o nosso coração de repente se torna uma estranha.
A
realidade é que ninguém muda no minuto que um relacionamento acaba - mas como
pode ser isso?
A
maioria dos relacionamentos não dura, há um claro começo, meio e fim. Primeiramente,
passamos um tempo juntos se conhecendo, então passamos para um relacionamento
divertido (ou nem tanto) e, por fim, as coisas começam a desmoronar... até que
cada um segue seu caminho...
Porém,
o problema não reside na forma como encerramos nossos relacionamentos - mas sim
como começamos, pois determina quão bem conhecemos nosso parceiro.
Na
vida, somos condicionados a mostrar apenas a nossa parte boa. Então mostramos só nossos aspectos brilhantes
e bonitos aquelas partes dos nossos corações das quais sentimos orgulho, por que? Simples alguém em algum lugar nos disse que se mostramos nossas sombras seríamos rejeitados.
Por
isso, ao iniciar um relacionamento, mostramos apenas nosso lado bom, esperando
que talvez isso seja suficiente para alguém especial nos aceitar. Porém isso,
não é quem de fato somos!
Debaixo
dessas partes brilhantes, ficam nossas sombras, nosso eu verdadeiro – nosso eu completo-
nossos medos, nossos erros, nossas complicações e nossas crenças que são os
aspectos que não apenas definem quem somos, mas também se alguém significou algo
para nós (ou não).
Somos
criaturas terrenas; somos humanos. Não somos perfeitos, impecáveis,
apesar da hashtag no Facebock ou Instagram.
Na
sombra estamos nus, bonitos e talvez um pouco confusos.
Quando
terminamos um relacionamento, nosso eu verdadeiro se manifesta, porque não precisamos
mais deixar nossas sobras trancadas no porão, não há mais preocupação com o
fato de que nossos segredos sujos possam sair nem com o que os outros diriam ao
mundo sobre quem realmente somos.
Nem
todas as relações são destinadas a serem eternas. Algumas vezes, quando uma
relação acaba descobrimos um novo nível de intimidade uma nova vulnerabilidade
que talvez não tivéssemos descobertos se não olhássemos para as nossas sobras e
se os muros não caíssem.
Há
diferença em terminar um relacionamento com um drama amargo ou no amor e
amizade. De fato a forma como o relacionamento termina demonstra como ambos
envolvidos se sentem em relação a um e o outro.
Quando um relacionamento termina com uma amizade, o que seria o ideal, poderia ter havido sim amor entre ambos, porém por diversas questões, essa relação deveria ter sido apenas a de melhores amigos.
Já quando um relacionamento
termina com luta, gritos, manipulação ou coerção, devemos entender que esses
comportamentos estavam todos presentes durante todo o período que ficaram
juntos, porém poderíamos estar nos negando a olhar para esses aspectos que
estavam sendo omitidos.
Chega um momento, no qual respiramos fundo e sacudimos nossas cabeças, querendo saber como ficamos com alguém assim. Como não percebermos com que estávamos lidando? Quando
nos damos conta do eu verdadeiro do outro ficamos perplexos! São nesses momentos que percebemos que talvez nosso relacionamento fosse mais uma projeção do que uma realidade. Era apenas algo imaginário, algo criado ou sonhado!
Era
mais sobre querer alguém para ser a pessoa certa do que realmente conhecer e
analisar detalhadamente se de fato era, escolhemos aquela pessoa por diversos
motivos menos pelo que de fato deveria ser...
A
dor de ter que reconhecer isso é inegável, mas é fundamental olharmos para
nossas escolhas, para que as próximas sejam mais acertadas. Hoje, percebemos os
sinais daqueles que estão escondendo algo, nossa intuição é mais forte quando
há algo diferente na nossa frente. Hoje não temos mais tanto medo de não
mostrar nosso eu verdadeiro a um novo parceiro.
Hoje
ao olhar para meu passado posse dizer que nós só podemos nos dar conta de
algumas coisas quando fazemos uma retrospectiva. Há momentos nos quais não podemos ver onde
erramos, até que estejamos fora da situação.
Serão os raros relacionamentos nos quais vamos passar pela situação na qual terminamos
um relação e então nos damos conta do quão incrível era aquela pessoa que
estava ao nosso lado.
Nesse caso, pode ser que por alguma razão, tivemos que ficar escondidos
atrás de muros de proteção assustados para não deixar ninguém entrar e nos
conhecer de verdade. É nesse momento que percebemos exatamente o que tínhamos –
não porque perdemos, mas porque percebemos que nunca poderíamos ter nos
entregado como poderíamos.
Não
basta olharmos apenas para o aspecto do porque um relacionamento acaba. Devemos
olhar também para quem nos tornamos por causa disso. Não é só olhar para o
nosso parceiro sob a nova luz, é olhar também para nós mesmos e para aqueles aspectos
da alma que desejamos que não existissem.
Quando
um relacionamento acaba nosso aprendizado não é sobre o nosso ex parceiro, mas
muito mais sobre nós mesmos. Podemos ver como lidamos com conflitos e
decepções, podemos ver se de fato houve algo verdadeiro por baixo de tudo. Relacionamentos sem base sólida terminam
invariavelmente quando os aspectos românticos acabam, porém quando construímos
algo sobre uma amizade verdadeira mesmo com uma ruptura a relação não termina
apenas se transforma.
Estamos
maduros para um relacionamento quando não mudamos a forma de interagir com a
pessoa com a qual queremos construir uma ligação romântica, e se de fato houve
amor naquela relação, mesmo que por alguma razão haja uma ruptura, vamos
continuar respeitando aquela pessoa, inclusive quando houver necessidade
oferecendo ajuda. Talvez seja assim que vamos
descobrir quem de fato são nossos parceiros verdadeiros, e quem sabe o que é o amor.
"Diga-me quem você ama, e eu vou
te dizer quem você é."
Texto de Kate Rose adaptado por
Martína Mädche, advogada
OAB/RS 60.281
Martína Mädche, sou fundadora do blog, sendo que este projeto busca inspirar e transformar as vidas de pessoas. Tenho familiaridade com as conversas internas que temos. Conheço pessoalmente o diálogo interno negativo que e se manifesta a vergonha em tudo: relacionamentos, comunicação, parentalidade, o caminhar da vida. Através de minhas experiências familiares e profissionais, procuro ajudar homens e mulheres a percorrerem o processo de libertar-se de suas lutas internas. Nesse blog encontrarão orientações, diversas práticas e treinamentos que visam dar apoio em momentos de conflito e crise familiares.
Caso precise entrar em contato: Martína Mädche
Advogada e Profissional de Ajuda.
Contato: martina.madche@gmail.com
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