terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

É amor? Como saber?

Como saber se é amor?


Costumava acreditar que o amor era igual a um interruptor de luz: Algo que se liga.

De repente está ali. Iluminando!

Seriamos atingidos por uma força, ou uma flechada.
Então quando sabemos, nós sabemos. . Certo?

Não, não muito. Depois de 39 anos de vida e um casamento desastroso, não vejo mais o amor dessa forma. Coloquei o Cupido bem ao lado do Papai Noel e do Coelhinho da Páscoa.
O amor é uma série de escolhas. A primeira escolha é baseada em muitos fatores, incluindo química, princípios, lógica, humor, inteligência, tipo de corpo, onde estamos em nossas vidas, o que queremos / precisamos ...


A lista aumenta de acordo com o peso de cada fator varia dependendo do indivíduo. Com base nesses fatores, ou escolhemos iniciarmos o processo de amar ou não. Se decidirmos iniciar a ação de amar poderá haver momentos de "iluminação". Pode ser o jeito que ele nos olha. Como ela nos faz sorrir. Aquela mensagem inesperada!. O jeito que ela nos faz sentir quando não sentimos nada.

Mas como em um voo de avião, há turbulência. Há lutas, desentendimentos, pequenas coisinhas, incômodos. Suas meias. Suas compras, um sei lá. Começamos a imaginar se fizemos a escolha certa.
Uma vez que estamos em dúvida, temos de fazer outra escolha: continuar a voar com esta pessoa ou saltar para fora do avião.

Esta escolha é baseada em mil outros fatores, novamente dependendo do indivíduo e onde ele está em sua jornada.

Pode ser que a escolha seja melhor saltar em queda livre do avião. É sim assustadora, podemos ficar mais fortes (crescemos) ou então quebramos a cara ​​(deprimimos). Mas mais cedo ou mais tarde, vamos nos encontrar no aeroporto esperando para embarcar em outro avião.


Então damos de cara com a turbulência de novo, ou talvez dessa vez não haja turbulência. Talvez tenhamos mudado de ideia sobre o destino. De qualquer maneira, temos outra opção: voar ou pular?
O amor é fazer uma escolha a cada dia, para amar ou não amar. É isso aí.

É simples assim. Devemos escolher continuar o processo ou não. Caímos dentro ou fora do amor. Mesmo nos relacionamentos, especialmente nos relacionamentos. Isso não significa que não amamos a pessoa. Significa que somos deixados com uma escolha. Há uma diferença entre sentir amor por alguém (cuidar de uma pessoa) e amar alguém (escolher amar essa pessoa).

Podemos ter amor por alguém para sempre, mas isso não significa que escolhemos amar essa pessoa para sempre. A escolha de amar não é um sentimento; É uma ação.

É por isso que é tão difícil. Exige-nos fazer algo, e não estou apenas falando sobre comprar flores. Pode significar colocar nossos desejos de lado. Além disso, como a química, a capacidade de amar não é uma constante: é uma variável, ela flutua, depende também de onde estamos em nossas vidas e com o que estamos lutando.

Às vezes é fácil amar. Às vezes é extremamente difícil. Mas no final do dia, é sempre uma escolha.
Embora o amor varie, ele também se aprofunda . Isso significa que quanto mais tempo permanecemos nesse voo e mais tempo dura a viagem, mais frutos colhemos desse processo. Nosso investimento compensa. Nossas escolhas se tornam mais fáceis.

Não só nos tornamos mais fortes como um casal, mas também como indivíduos, assumindo que o processo de amor é saudável - o que significa que ambos estamos fazendo o nosso trabalho. A escolha de amar cria oportunidade de conhecer nuances em nossas vida que nunca poderíamos conhecer sozinhos, e isso é o que faz a nossa escolha valer a pena.

Então, como sabemos se é amor? Essa não é a pergunta a fazer. A questão é: Escolho amar essa pessoa ou não? Agora mesmo. Amanhã não. Hoje. Faça uma escolha. Sim ou não. Se a resposta for sim, ame o quanto puder. Ame por inteiro e com toda tua capacidade (a capacidade que tens neste momento em tua vida).

Se a resposta for não, me prometa uma coisa.

Pule e deixe a queda te fortalecer.


por Martína Mädche, advogada
OAB/RS 60.281


Martína Mädche, sou fundadora do blog, sendo que este projeto busca inspirar e transformar as vidas de pessoas. Tenho familiaridade com as conversas internas que temos. Conheço pessoalmente o diálogo interno negativo que e se manifesta a vergonha em tudo: relacionamentos, comunicação, parentalidade, o caminhar da vida. Através de minhas experiências familiares e profissionais, procuro ajudar homens e mulheres a percorrerem o processo de libertar-se de suas lutas internas. Nesse blog encontrarão orientações, diversas práticas e treinamentos que visam dar apoio  em momentos de conflito e crise familiares. 


Caso precise entrar em contato: Martína Mädche
Advogada e Profissional de Ajuda.
Contato: martina.madche@gmail.com
Grupo de Apoio do face: Separei e Agora?
Comunidade: Martina.Mädche
Comunidade: Divórcio para Eles
Comunidade: Divórcio para Elas

sábado, 25 de fevereiro de 2017

Amor e Dor: Por que os dois andam de mãos dadas?

Sobre o amor...  Será que amar significa encontrar paz na dor que o amor traz?

 Amor e dor andam de mãos dadas; um não existe sem o outro. É assim quando nos apaixonamos por alguém, formamos uma conexão.  Uma conexão reforçada por querer e precisar desse indivíduo em nossa vida. É uma conexão incrivelmente forte, pois literalmente muda o curso de nossas vidas.
É fácil subestimar a importância que o amor, o amor romântico em particular, carrega. Afinal, o que é uma história de amor quando o mundo está cheio de milhões de histórias? Mas isso é só mais uma ...existem milhões.
Milhões de pessoas se apaixonam. Milhões de pessoas passam e vivem os altos e baixos que o amor traz. O mundo está cheio de indivíduos que são guiados pelo amor que eles estão sentindo.
Sem amor, não haveria arte. Não haveria música. Não haveria família, sociedade, paixão. Também não haveria guerra. Como posso afirmar que o amor é a raiz de tudo isso?
Porque não há maior bem-aventurança, ou mais perturbação emocional, do que aquilo que pode ser provocado por estar apaixonado. O amor transforma as pessoas em anjos. Assim como transforma as pessoas em demônios. Se os humanos não amassem, deixaríamos de existir.
O amor nos dá um propósito. Posso ser um exemplo extremo, mas sem me apaixonar por um indivíduo especial, minha vida seria drasticamente diferente.
Tão diferente, que posso honestamente dizer que não faço a menor idéia de como seria minha vida ou o que estaria fazendo na minha se não tivesse me apaixonado por aquela pessoa. Certamente não escreveria prosas teóricas sobre o amor e relacionamentos, mais do que apenas isso, eu não seria a pessoa que hoje sou.
Não pensaria do jeito que eu penso. Não veria o mundo como eu o vejo agora. Não  entenderia o mundo da maneira que entendo.
Se não amasse, nunca teria experimentado a maior alegria que a vida oferece, assim como nunca teria que enfrentar o meu caminho para fora do fundo do poço. Em suma, sem amor nunca teria realmente vivido.
Sei que muitos se sentem da mesma maneira, ou pelo menos um dia se sentirão assim. Pode ser difícil de ver agora, mas toda a dor que estás sentindo acabará por torná-lo em uma pessoa diferente - se não já estiver.
Agora cuidado, a pessoa na qual irás te transformar pode não ser a pessoa que gostarias de querer ser, e isto é bastante freqüente.
A verdade é que a maioria das histórias de amor acaba mal, e quando o fazem, causam danos emocionais. Se nunca te apaixonou - amor real –se isso for algo impossível imagine  o seguinte:.
Subitamente descobriste o que é felicidade. Descobriste como e com quem deseja passar a vida. Imagine que todos os seus problemas desapareceram mesmo aqueles escondidos lá no fundo, e que estas se sentido satisfeito, feliz, alegre, esperançoso.
Imagine alcançar esse pico e absorver toda a glória. Agora, olhe para baixo é assustador não é? Mesmo se não tens medo de altura, se estiveres em pé no topo do Monte Everest vais sentir um frio passar pela coluna. Há uma última coisa que gostaria que imaginasse... Acabaste de ser empurrado lá de cima, estás caindo o penhasco abaixo.
Às vezes não sei o que é mais assustador... Perder quem se ama, ou perder o futuro que ambos poderiam ter tido juntos. Porque essa é outra verdade que temos que aceitar: quando perdemos a pessoa que amamos, perdemos uma de nossas vidas também.
Perdemos muitas histórias possíveis que poderiam ter sido escritas. E isso machuca.
Aqui está a parte louca. Quanto mais dói, mais amaste. Fodido não é? Com cada memória dolorosa, seu amor só se reforça. É como se estivesse se afogando e ao mesmo tempo buscando fôlego para  poder respirar, mas com cada respiração seus pulmões simplesmente se enchem de água gelada.
Alguns de nós se afogam... outros encontram uma maneira de permanecer à tona o tempo suficiente para serem salvos. No entanto, as memórias não desaparecem, a conexão não é cortada como mágica.
Com o passar do tempo, a maioria das pessoas parece que encontra alguém de novo para amar. Certo, é que adquirimos uma tonelada de bagagens e que se essa nova pessoa for a pessoa certa, ela te ajudará a desembalar aos poucos cada uma delas. Porém nem sempre encontramos essa pessoa logo de imediato.
Alguns de nós têm dificuldade em encontrar alguém para amar. Talvez seja porque não podemos encontrar a pessoa certa, ou talvez seja porque não fomos capazes de nos desapegar ainda, ou talvez nós simplesmente não queremos nos desapegar....
Seja qual for o caso, percebo o seguinte quando amamos alguém intensamente, por muito tempo, olhamos para frente não importa a dor, sinceramente, nem sei se posso chamar de dor.
É uma espécie de aceitação e compreensão da situação. Compreendemos que amamos alguém e que talvez nunca vamos parar de amar essa pessoa por completo. Desde que o seu amor por essa pessoa não dependa do amor do outro. Amamos aquela pessoa independente de....
Certo, é que há aquele sentimento de conexão, há uma necessidade de reciprocidade , porém ao mesmo tempo na verdade quando amamos de verdade não importa tudo isso, não importa se o outro ama ou não, porque não iria mudar a maneira como sentimos por aquela pessoa.
As pessoas mudam com o passar do tempo, e a pessoa que amamos também não será a mesma sempre. Então, de certa forma, a pessoa pela qual nos apaixonamos também já não existe mais, mas ela existe - para você.
Porque temos essas memórias, tem aquela parte da nossa vida juntos, e aquela parte só tua, e tem aquela parte com aquele toque que influenciou tantas outras coisas. De fato ficaram marcas na tela da nossa vida, e que um dia podem ser tornar memórias que simplesmente  serão bonitas apenas para apreciar.
É engraçado ... têm momentos que sinto como se conseguisse olhar para trás e apenas relembrar, relembrar a memória sem a dor do vazio. É quase bom sentir um vazio, porém sei que esse vazio que sinto só poderá ser preenchido por um outro alguém.
Mesmo quando carregamos o vazio, e quando só o vazio nos resta – sabemos que um dia existiu uma pessoa que já preencheu aquele lugar e te fez sentir por inteiro.
Muitas vezes penso sobre o propósito que o amor desempenha no caminhar mais grandioso das coisas. É realmente algo etéreo, algo tangível e real? Ou estamos apenas nos perdendo em nossa própria ilusão? O amor é algo que inventamos algo com o qual poderíamos viver sem? Ou é a perfeição em sua forma mais verdadeira.

Afinal, há algo mais perfeito do que algo que engloba tudo o que é bom e tudo o que é mau?
por Martína Mädche, advogada
OAB/RS 60.281


Martína Mädche, sou fundadora do blog, sendo que este projeto busca inspirar e transformar as vidas de pessoas. Tenho familiaridade com as conversas internas que temos. Conheço pessoalmente o diálogo interno negativo que e se manifesta a vergonha em tudo: relacionamentos, comunicação, parentalidade, o caminhar da vida. Através de minhas experiências familiares e profissionais, procuro ajudar homens e mulheres a percorrerem o processo de libertar-se de suas lutas internas. Nesse blog encontrarão orientações, diversas práticas e treinamentos que visam dar apoio  em momentos de conflito e crise familiares. 


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Advogada e Profissional de Ajuda.
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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Porque ela partiu? - Quando é a hora de partir...

Porque ela se foi... 

Sou fã das mulheres que tem coragem de deixar para trás o que não lhes serve mais, afinal elas são inspiradoras pela sua força e determinação!

A hora de ir embora


Pode ser uma vizinha, uma amiga, uma professora uma colega, sua irmã ou sua mãe, temos muitos testemunhos de histórias de lutas e tristezas. Muitas vezes me perguntei por que uma mulher agüenta determinadas situações!? Porém também sei que não podemos forçar-las a saírem, apenas esperar até que um dia elas se olhem e vejam seu potencial e então daremos apoio para encorajá-las para buscarem a sua felicidade!

Não importa se é o trabalho, o relacionamento, a vontade de mudar de cidade ou simplesmente a vida que está vazia, no momento que elas percebem seu valor próprio e resgatam sua auto-estima, acontece algo poderoso maior que qualquer coisa que poderíamos ter dito.

É incrível.

Se em algum dia, já te questionaste sobra a tua situação e se já se perguntou se era hora de mudar ou cair fora, veja se umas dessas situações aqui descritas se encaixam.

Por que ela ficou!?.

Ela estava feliz onde estava, existiam infinitas possibilidades  - o amor que compartilhavam era profundo e poderoso - ela estava desesperada para reavivar isso. No início, sentia-se maravilhosa e alegre. Curtia como estavam explorando coisas novas, tantas possibilidades juntos. Estava aprendendo muito sobre si mesma. Lembrava como se divertiam antes, e como vivia satisfeita. Ele era tudo o que ela pensava que queria.
Seus amigos e familiares costumavam comentar como estavam felizes, parecia até que tinham inveja, pois a alegria irradiava quando estavam juntos. Ambos queriam isso também, ou ela nem tanto...
Quando as coisas começaram a mudar, e os sentimentos começaram a se dissipar, ela se perguntou onde errou!?  Estava esperançosa acreditava que viveria de novo aquela intensidade toda. Mas estava chateada consigo mesma, se sentia culpada de alguma forma. Ela achou que ficar demonstraria seu comprometimento com a relação, que mostraria que estava preocupada que seria muito imaturo abandonar tudo para viver e que se arrependeria. Então decidiu ficar até que as coisas melhorassem. Foi otimista acreditou na mudança!

Mesmo assim se questionou muitas vezes se deveria sair. Esse foi o primeiro sinal de que ela deveria. Então, em vez de “fugir”, procurou sinais de que deveria ficar. E às vezes, quando ela olhava com esmero os encontrou.
Sabia de certa forma que estavam se estabelecendo, mas ainda assim se questionou se haveria algo melhor. Entretanto, o que vivia não era horrível, havia momentos bons, e afinal existiam situações piores, que justificariam um rompimento.

Ela sentiu alguma segurança e motivos para esperar, como se estivesse se conformado com aquela felicidade. Ela tinha muitas maneiras de racionalizar razões para ficar.
Estava também assustada com medo. Sabia o que tudo aquilo significava e do que estava desistindo, se preocupou com o que poderia perder se saísse. Mas ela esqueceu de considerar o que lhe custou ficar.

Um dia, porém, ela se lembrou da coragem e da força que ela sabia que sempre teve.  Pesou nos riscos. Agora, estava cansada. Admitiu que foi derrotada. Estava ressentida. Havia desistido de seu próprio poder da sua felicidade e sabia que estava longe demais.

Falou com amigos e construiu uma tribo ao seu redor. Encontrou apoio. Sua tribo nunca desistiu dela. Lembrou de quanto potencial ela tinha e como a escolha de ficar a estava machucando.

Ela largou a culpa e também a culpa por ter feito algo errado. Ela não era culpada.
Finalmente se bastou. Percebeu aquilo não servia mais. Estava entristecendo, se magoando e vivia frustrada. Ela se doou até que não havia mais nada para dar. Queria sorrir e rir novamente, como no início.

Sabia que era inevitável. Precisava partir, mas não sabia quando. Não sabia como. Sabia que havia desistido. Então se perguntou: O que estou esperando!? Até que finalmente, ela partiu. Mesmo assim, a tristeza tornou-se demasiada, o estresse demasiado esmagador e a dor a cercava.

Sabia que era hora de seguir em frente e tinha encontrado força para isso. Percebeu que a única pessoa do seu lado era ela mesma.

Estava aterrorizada com as conseqüências. Como lidar como tudo isso? Quem seria ela sem essa parte de sua vida que ela tinha segurado e investido por tanto tempo?

Mesmo assim ela se levantou, encontrou a coragem e acreditou em si mesma. Sabia que ela era forte, sabia que iria sobreviver. Lembrou de quem ela era antes de enfraquecer e como ela era incrível e realizada. Como vivia sua vida sem medo - sentia alegria e paixão. Encontrou inspiração nisso.

Quando tudo estava dito e feito, sentiu como um sopro de ar fresco. Então ela se permitiu sorrir de novo. Se fortaleceu com aquele sorriso singelo, porque sabia que ela o faria de novo.
Ela sobreviveu e provou sua força. Não para os outros, mas para si mesma. Percebeu o quanto havia se sacrificado e como vivia infeliz. A vida começou a se desdobrar em torno dela e a felicidade começou a persegui-la. Não precisava correr com os braços estendidos atrás dela para alcançá-lo como ela pensava.

A felicidade a encontrou.

Ela ainda segura as lembranças felizes, mas decidiu que merecia ser incondicionalmente feliz. Decidiu que sua vida valia a felicidade pura e que ela não precisava racionalizar suas escolhas por mais tempo.

Para todas as mulheres incríveis do mundo. Todos podem encontrar a força e a coragem de viver a vida de alegria que merecemos, e então curtir aquela brisa fresquinha....

por Martína Mädche, advogada
OAB/RS 60.281


Martína Mädche, sou fundadora do blog, sendo que este projeto busca inspirar e transformar as vidas de pessoas. Tenho familiaridade com as conversas internas que temos. Conheço pessoalmente o diálogo interno negativo que e se manifesta a vergonha em tudo: relacionamentos, comunicação, parentalidade, o caminhar da vida. Através de minhas experiências familiares e profissionais, procuro ajudar homens e mulheres a percorrerem o processo de libertar-se de suas lutas internas. Nesse blog encontrarão orientações, diversas práticas e treinamentos que visam dar apoio  em momentos de conflito e crise familiares. 


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Comunidade: Divórcio para Eles

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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Como destruir a auto-estima de um homem!

Será que é necessário?! Como destruir a auto-estima de um homem!

Mulheres feministas ou cruéis


Meu telefone tocou e olhei para ele com indiferença! Estava preparando a carne moída para uma lasanha que iríamos jantar.

Era meu amigo Luis, estava passando por momentos difíceis, pois recém havia encaminhado seu divórcio. Procurei dar apoio para ele superar esse momento. Fazia um tempo que não conversávamos e havia presumido que estaria melhor!

- Então Luis! Como estás?
- Eu:  Estou bem sim! Como estão as coisas?
- Luis: Bem, no outro dia uma garota riu do tamanho do meu pênis.
- Eu:  O que? Isso é horrível!Sinto muitíssimo. Algumas mulheres são cruéis mesmo é difícil aceitar que existam mulheres pessoas assim! Suponho que já estejas procurando uma nova guria?
- Luis: Sim, estou na busca...

Seguiram-se mais alguns minutos de conversa e depois:

- Luis: Ei, preciso da sua opinião sobre alguma coisa.
- Eu: Claro!

No momento que eu apertei o botão de envio, todos meus alarmes soaram e minha cabeça começou a girar! Como o que eu tinha concordado em dar a minha opinião exatamente!?

- Luis: É serio eu realmente preciso da tua opinião! Então parei de cozinhar e respirei fundo. Não estava mais prestando atenção na comida, com certeza ela queimaria e quem sabe até minha casa.
- Eu: Espere um pouco! Estas pedindo minha opinião sobre o tamanho do seu pênis!? Isso !? Queres que eu diga se é pequeno, médio ou grande?
- Luis: Eu confio em ti! Caralho!

Fiquei parada atônita, totalmente branca e comecei a entrar em pânico. Olhei para a tela do celular e perguntei o que fazer com essas palavras: Eu confio em ti!?

Este homem gentil e querido  e ele certamente não tinha razões para confiar em nenhuma mulher! Na época que eu o conheci, suar interações com mulheres foram desastrosas e repetidas vezes elas mostraram para ele que não somos confiáveis! Agora colocar sua confiança em mim foi um salto de fé e como eu poderia desencorajá-lo!? Dei-me um puxão de orelha e procurei a mensagem por trás dessa situação.

- Eu: Não sou médica para poder avaliar! Se me pedires para analisar um contrato ou os papéis do divórcio tudo bem mas isso é um pouco diferente!? Tem certeza disso!?
- Luis: Sim! Como amiga, eu confio em ti. Sei que me dirás a verdade!
- Eu:  Posso fazer isso como uma amiga se é isso que realmente queres! Mas no fundo isso tudo é mais na verdade sobre conheceres o teu valor como pessoa e confiar em si mesmo por dentro e por fora!? Se te amares de verdade, irás encontrar uma mulher que te ame não importando qual o tamanho do seu amigo!?
- Luis: Concordo contigo, mas realmente preciso disso agora!
- Eu: Ok
- Luis: Posso enviar uma foto agora!?
- Eu: Claro

Meu coração começou a palpitar e comecei a suar frio, coloquei o telefone no balcão da cozinha! E pensei é só um pênis, me lembro como é! Vou pensar nisso como uma foto de livro! Porém não era apenas um pênis, era o pênis do meu amigo! Posso me tornar uma baita mentirosa! E se for um daqueles gigantes!? Odiei aquela voz na minha cabeça!

Meu pânico mental foi interrompido pelo toque do telefone. Olhei para ele como se fosse culpado por ter me colocado naquela situação!

Estava na hora de encarar a situação! Peguei o telefone e deslizei o dedo pela tela para ver a mensagem! E ali estava! Uma foto que nunca teria solicitado...

- Eu: Ok vou dar minha opinião objetiva. 

Afastei meus cabelos dos olhos e olhei para o pênis na minha tela...

- Eu: Não é um pênis de estrela de pornô, mas também tampouco é um micro-pênis. Não é um pênis que será comentado nas rodas de meninas regadas a bebidas, porque não chama a atenção na fita métrica! Se uma mulher te amar não terá problema nenhum em amar teu pênis.

- Luis agradeceu com carinho!
- Eu:  Não tem nada para te preocupar, meu amigo!
- Luis: Serio!?
- Eu: Sim, sinceramente! Não tens um pinto pequeno! Agora tu e teu pênis precisam encontrar alguém que os ame incondicionalmente!

Conversei com ele mais um tempo e então voltei a fazer lasanha esperando que ele recuperasse sua confiança!
Enquanto distribuía a massa na forma, eu discutia comigo mesma o que havia acontecido.

Como uma mulher que se prestou para conhecer um homem, depois ter decidido levar essa relação adiante, pois decidiu que gostava dele o suficiente para ir para a cama com ele zombar dele de uma forma tão mesquinha e desprezível!?

Perguntei-me se as mulheres estão sendo demasiadamente cruéis hoje em dia!?
Antes de alguém me amaldiçoar e condenar por ter chamado as mulheres de cruéis e desprezíveis, deixe-me explicar como me sinto como mulher. Me sinto no direito de criticar uma atitude dessas, não importa o gênero, já que é uma conduta asquerosa e degradante. Vejo que de muitas maneiras as mulheres começaram a terem atitudes assim!?

Tenho aqui um homem que foi pisoteado e maltratado e que após o divórcio teve que assumir sua filha enquanto a mãe a rejeitou. Ele abriu seu coração e sua família a uma mulher, e quando se encontrava em um dos momentos mais vulneráveis ela zombou de sua fonte de masculinidade – o tamanho do seu pênis.

Escuto constantemente mulheres se queixando de que não existem mais homens bons. Talvez isso ocorra porque estamos pisando na bola!?

Não posso afirmar que meu amigo irá se recuperar tão cedo, e que não tenha ficado traumatizado por aquela mulher. É inegável que foi cruel e doloroso, mas até que ponto isso foi eu não sei. Ela pode tê-lo destruído inclusive para a próxima mulher que terá a sorte de conhecê-lo!?

Quando vamos nos dar conta de que machucar a auto-estima de alguém equivale a espirrar em cima de outra pessoa com um baita resfriado que se espalha. Quando alguém denigre a auto-estima de outra pessoa essa pessoa está na verdade ferindo o outro para se proteger, para não permitir que o outro veja alguma vulnerabilidade sua.

Pior ainda se a pessoa não tem um pingo de amor próprio, ou seja, sua auto-estima é nula então ela não pode ser vulnerável para outra pessoa - então por isso também não poderá amar o outro.
Essa pessoa usa de crueldade para impedir o amor e é por isso que ela espalha esse vírus de destruição para todas as pessoas.

Historicamente, as mulheres tem sido vitimas freqüentes de abuso e de submissão em comparação aos homens. No entanto, quando ganhamos o direito de voto, não ganhamos o direto de chutar o balde e sair abusando. Não devemos ser igual nossos agressores. O empoderamento das mulheres não deve ter a intenção de nos transformar e almas vazias e sem coração. Ser feminista não significa que temos que odiar os homens.

Muitas vezes vejo memes proclamando a libertação das mulheres que devemos ser fortes e não devemos dar bola para o que pensam de nós! Como isso pode estar certo!?
Ser uma mulher forte e independente não significa que temos o direito de agir como desprezo ou desumanidade! Não somos mulheres de negócios, que saem atropelando tudo, usando garras e dentes deixando um rastro de destruição pelo caminho para chegar até o topo!

As mulheres fortes são inteligente, empáticas, informadas, capazes, e têm determinação,  bom senso e acima de tudo são amáveis. Isso mesmo, bondade é uma força e não uma fraqueza! Para mim isso representa ser uma mulher forte atualmente!

Então se és uma mulher forte que vive com esses princípios eu tiro o chapéu para ti eu me curvo para ti e aplaudo. No entanto, se estás se auto-proclamando, dizendo que precisamos arrasar os homens, derrubá-los não importa como, ou então exterminar como se fossem umas pragas... está na hora de se olhar no espelho!

Há formas muito melhores de provar que somos mulheres fortes sem ter que destruir alguém.

Lembre-se cada um é responsável pelas seus karmas. 

adaptação do texto de Jennifer Lemky
por Martína Mädche, advogada
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