terça-feira, 26 de setembro de 2017

21 fases do relacionamento de um narcisista com um empata

O empatas são pessoas que são atraídas por um narcisista. Seu relacionamento segue mais ou menos na seguinte sequência.



1) O empata ama profunda e incondicionalmente. Eles se dedicam e se sentem emocionalmente realizados, mesmo que o narcisista não desempenhe nenhum papel para desenvolver um vínculo mais forte. O empata se sente satisfeito e pensa que seu amor é recíproco apenas por estar ao redor do narcisista.

2) O empata possui a falsa noção de que finalmente encontrou um tipo de amor especial e raro que não é para qualquer um. O narcisista afirma e cria essa ilusão que leva o empata a acreditar que eles tem uma ligação especial. O empata sente um vínculo profundo que é quase impossível de se libertar.

3) Às vezes, até parece que o narcisista quer esse relacionamento tanto quanto o empata, mas na verdade, o que eles querem é alguém que investa seu tempo, energia e amor e esteja sob seu controle total.

4) À medida que o tempo passa, o narcisista fará com que o empata se sinta fraco, inseguro e incapaz de fazer coisas simples. O narcisista nunca lançará um ataque aberto, mas usará declarações como "não quer machucá-lo, mas ..." para apontar algumas "falhas". Eles tentarão assumir qualquer coisa que simbolize o controle, como ter o controle sobre a situação financeira e tomada de decisões sobre a família ou compras. A empata será aos pouco cada vez mais desprezado por seus interesses e muitas outras questões que formam sua identidade. Gradualmente, o empata começa a acreditar que ele são inferiores ou incapazes e que "precisam" de alguém para lhes guiar e orientar. 

5) Para o empata, esse relacionamento será tudo ele é está apaixonado. Por amor, eles sempre querem acalmar e animar o narcisista, conversam com eles, apoiam e fazem o que for para que eles se sintam bem. Os narcisistas se projetam como vítimas de seu passado, seus relacionamentos e as circunstâncias. Os empatas são doadores; Eles tentam compensar todas as coisas infelizes que já aconteceu com o narcisista.

6) O empata tem um coração bom e claro e não pode imaginar as feridas profundas e não resolvidas do narcisista os traumas e feridas são diferentes que as suas. 

7) O relacionamento é tudo sobre o narcisista. O empata percebe isso aos poucos, e chega um momento em que ele sente medo de conversar ou lutar por suas necessidades e desejos. Na tentativa de agradar, eles não querem expressar suas verdadeiras necessidades. Eles preferem ser simpáticos do que dar qualquer motivo para não gostarem dele, porém, secretamente, eles não estão muito felizes e satisfeitos.

8) Quanto mais devoção, amor, cuidado, carinho e esforço o empata coloca no relacionamento, mais o narcisista sente o controle total sobre o relacionamento . O empata literalmente dança ao som da música do narcisista. Enquanto o empático continuar a apaziguar/apoiar o narcisista, é impossível detectar qualquer problema no relacionamento. 

9) O problema ocorre quando o empata finalmente desiste e quer romper o relacionamento.
Finalmente, o empata levanta a voz porque não consegue mais acompanhar e atender as necessidades do narcisista. Dia após dia, suas necessidades emocionais permanecem insatisfeitas. Isso acontece porque, desde o início do relacionamento, eles acreditaram que as necessidades emocionais de seus parceiros são tudo o que importa. Quando eles finalmente entendem da necessidade de seu bem-estar também e falam a respeito, eles são taxados de egoístas. O narcisista não gosta disso.

10) O narcisista é um buscador de atenção. Eles ficam satisfeitos quando as pessoas ficam na sua volta. Suas necessidades nunca podem ser atendidas, elas nunca estão satisfeitos. Eles podem mudar de parceiros, abrir um novo negócio, viajar o mundo, se envolver em novas atividades criativas, e assim por diante, porém nunca mais serão felizes. O empata não está ciente desse fato.

11) Quando o empata finalmente explode algo como "Meus sentimentos também são importantes", o narcisista rapidamente chama o empata de "louco". Eles os chamam de excessivamente dramáticos e suas preocupações são infundadas. Este tipo de comportamento desdenhoso são as táticas usadas por eles para obter controle sobre a mente do empata.

12) O empata fica confuso. Por que eles reagiram desta forma o comportamento narcisista está além de sua compreensão. Eles começam a sentir culpa e se perguntam se são dignos de serem amados por alguém.

13) Neste ponto, o empata não consegue entender que eles apenas estão sendo manipulados. Seu parceiro orquestrou tudo ao seu redor para criar uma visão distorcida das circunstâncias. Tudo lhe traz a certeza que o narcisista está certo e que seu comportamento é tremendamente "errado" e perverso.

14) O empático tentará se comunicar com o narcisista com toda honestidade. O narcisista, no entanto, justificará seu comportamento e transfere a culpa para o empata. É normal sentir-se perdido, confuso e ferido. Mas, apesar de toda dor do coração, o empata precisa se acalmar e fazer uma auto-avaliação para descobrir como ficou tão indefesos. É assim que eles começarão a se transformar.

15) O empata saberá que são por natureza são curandeiros. Eles têm a força interior para ajudar os outros nas maneiras corretas, às vezes como um dever e, às vezes, quando a vida os leva a tais situações.

16) O empata tem que perceber a amarga verdade de que nem todos merecem seu amor, cuidado e carinho. Nem todos os que parecem angustiados e infelizes revelam seu verdadeiro eu. Existem algumas pessoas que têm motivos sinistros e têm uma visão muito diferente de relacionamentos e das pessoas. Nem todos pelos quais se apaixonam podem ser confiáveis ​​tão rapidamente.

17) Nessa situação, o empata deve perceber que eles também estão em uma situação muito ruim, algo que o narcisista sempre falou. O empata se anulou e muitas vezes ficou em uma situação muito ruim, mas, no caso o caso do empata é diferente, porque ele faz um esforços positivos para se curar. O narcisista não.

18) Para o empata este será um despertar doloroso. Eles aprenderão com a experiência que terão que avançar.

19) O narcisista continuará como se nada acontecesse e eles são completamente inocentes. Eles não lembrarão por um momento que alguém os amou tão profundamente e intensamente. Eles não se lembrarão do poderoso vínculo que tiveram com alguém e simplesmente se em frente para encontrar um outro lugar. Chegará um momento em que saberão que não podem se conectar com ninguém.

20) O narcisista seguirá. Com o tempo, encontrarão outra vítima.

21) O empata será mais forte, mais sábio e mais cauteloso, pois aprenderão a lição com o tempo e finalmente aprenderão mais sobre carinho e amor.


por Martína Mädche, sou escritora do blog, sendo que este projeto busca inspirar e transformar as vidas de pessoas. Tenho familiaridade com as conversas internas que temos. Conheço pessoalmente o diálogo interno negativo que e se manifesta a vergonha em tudo: relacionamentos, comunicação, parentalidade, o caminhar da vida. Através de minhas experiências familiares e profissionais, procuro ajudar homens e mulheres a percorrerem o processo de libertar-se de suas lutas internas. Nesse blog encontrarão orientações, diversas práticas e treinamentos que visam dar apoio  em momentos de conflito e crise familiares. 

Caso precise entrar em contato: Martína Mädche
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domingo, 10 de setembro de 2017

A jornada de um bom divórcio ou separação

As 4 fases de um bom divórcio

adaptação de um texto de Kristin Luce



Vivi a experiência de meu divórcio e de meus pais, e hoje atendo muitas famílias em crise que estão prestes a se divorciarem ou então já estão em fase de separação, e posso dizer que aprendi muitas coisas.

Hoje posso dizer que um bom divórcio é absolutamente e totalmente possível. Em segundo lugar, é uma experiência unilateral - o que significa que você pode ter um bom divórcio e seu parceiro não. E em terceiro lugar, o divórcio nunca será como você imaginou.

Provavelmente será muito mais difícil do que você pensa e também muito melhor do que você poderia ter possivelmente sonhado e aliás, quando minha psicóloga me alertou isso eu achei que ela não sabia o que estava dizendo.

Um bom divórcio equivale a uma escalada ao Monte Everest sem experiência nenhuma. Não vai ser fácil, mas, quando bem feito, isso mudará sua vida para sempre.

Quando nos movemos em direção separação, somos confrontados com estágios, que realmente refletem de perto os estágios do luto/morte e do nascimento. Isso pode parecer mórbido ou pessimista, mas a realidade é que, é claro, o divórcio é uma morte.
É a morte do nosso relacionamento próximo (que provavelmente morreu há algum tempo ou você não estaria se separando), mas também dos sonhos, esperanças, planos, expectativas, imagem, amizades, realidades financeiras, lar, segurança, recursos, estilo de vida, além de ter um impacto sobre nossos filhos, familiares, amigos e comunidade.

Quando deixamos um relacionamento de longo prazo, entramos no desconhecido, e pode ser útil poder ver um mapa antes de iniciar essa jornada - mesmo que a jornada em si seja sempre única, aventureira e surpreendente.

Um bom divórcio não vai necessariamente deixar ou fazer você feliz, mesmo sendo pacífico ou amigável. Também não será um bom divórcio aquele que é entendido ou aprovado pelos outros. Também não é aquele que garanta que seus filhos terão vidas melhores, tanto que tratamos todas essas coisas.

Em vez disso, um bom divórcio é aquele que o transforma em uma pessoa melhor, mais gentil, mais sábia, mais suave e mais capaz de manter sua própria integridade. Ele é um catalisador para você se tornar mais do que você imaginou que seria.

Lembro-me do meu ex-marido me perguntando: "Por que você acha que me deixar nos tornará mais feliz?" E respondendo com clareza e certeza, "eu não acho". Eu só sei que é isso que eu preciso ser feito. Não há nenhuma forma de justificar, argumentar, ou explicar porque não se tratava de buscar um resultado novo, ou melhor. Era sobre reconhecer e viver em meu próprio ser, minha própria verdade, e isso simplesmente não é negociável.

Todos têm uma experiência diferente, mas aqui estão os estágios que vejo consistentemente as pessoas passarem e como transformar um divórcio difícil, doloroso ou assustador em um bom divórcio.

Primeiro estágio: agonizante.


Normalmente, o primeiro estágio é o mais longo. É o período de decisão de ir ou não, ou talvez o seu parceiro esteja agonizando por ambos.

Chamo isso de "agonizante", porque se estiver nesta fase, você sabe o que precisa, pelo menos, considera sair e, provavelmente, está procurando alguma maneira de salvar o relacionamento ou a si mesmo. Então você trabalha em si, entra em terapia, procura centro espírita, qualquer ajuda espiritual, vidente, astrólogo, especialista em relacionamento, se pergunta se a culpa é sua, tenta mais, define limites, tem uma separação de teste, faz sugestões para o seu parceiro, prepara e imagina coisas, nem sabe mais o que está sentindo direito por você – vive pensando em tudo e alternativas e suposições e faz tudo o que pode pensar.

Um bom divórcio nesta fase é reconhecer que estás disposto a fazer o que for necessário para que isso funcione. Este processo destaca que você é, simplesmente, uma boa pessoa. Tive clientes que deram todas as chances aos seus relacionamentos, mesmo quando havia infidelidade, vício ou abuso. Sua integridade ditava que deviam e precisavam fazer todo o possível, e eles fizeram. O ponto não é que você tenha que limpar todos os cantos escuros e olhar em baixo de todas as pedras, mas sim que você encontre, escuta e siga sua integridade neste estágio agonizante. Algumas pessoas precisam saber que fizeram tudo o que puderam. Alguns precisam saber que eles saíram no momento em que viram a arma fumegante. Não existe uma maneira correta ou errada de fazê-lo.

Este estágio pode assumir uma variedade de formas. Pode reduzir o conflito, ou mesmo aumentá-lo (se você tem evitado os conflitos), você pode dar mais espaço ao seu parceiro, tornando-se mais atento, ou as tudo torna-se mais conflituoso. Você buscando terapia, faze oficinas, pesquisa, é mais ousado ou mesmo se permite um relacionamento por fora. São inúmeras formas de enfrentar esse momento.

O objetivo dessa fase é desmitificar a relação e a forma como nos relacionamos. Passamos a olhar a nossa verdadeira face a a do outro.  Deixamos de olhar de forma idealizada e sonhadora, e estamos dando tudo o que temos. Podemos aprender uma quantidade tremenda de coisas sobre nós aqui, e é um estágio que pode durar meses até décadas.

Existe aqui uma grande quantidade de generosidade e integridade. Se ficarmos ou não, sabemos que fizemos tudo os que podíamos e, no processo, também começamos a encontrar nossa própria bússola moral, que nos inclui olhar para o outro e para si e nessa hora também enfrentamos algumas verdades difíceis.

Etapa dois: Rompante para deixar.


Este estágio é geralmente precipitado, brusco e mortal. Algo acontece, e por qualquer motivo, existe um momento definitivo. Só sabemos que acabou.

Foi assim para mim: descobri por acaso que meu marido tinha uma vida paralela e que o que eu tinha em casa era algo fake. Ele não era quem eu imaginava quem era. Os ânimos estavam acirrados e ele estava cada vez mais estressado até para manter essa vida dupla, uma noite ele colocou nossos dois filhos pequenos em uma situação de constrangimento e agressão psicologia em nossa casa. Percebi que para ele aquilo era nada demais. Mas meus filhos estavam em pânico olhando o desequilíbrio do pai, que não queria mais estar onde estava. Tive que abraçar e resgatar meus filhos histéricos pela situação que estávamos vivendo, meu pensamento ficou claro: "Não é assim que quero que meus filhos cresçam, então pensei decidi que era o fim".

Talvez o seu parceiro tenha contado muitas mentiras, ou tiveram muitas infidelidades. Talvez tenha notícias chocantes. Talvez simplesmente tenha acabado qualquer sentimento e esteja vivendo uma relação morta, sem um olhar, insatisfeita e não apreciada algo que seja vazio de aparência. Talvez seu parceiro carregue uma dor que você tenha ignorado por muito tempo. Talvez você conheça alguém que lhe mostre o que é viver em um relacionamento positivo. Talvez o seu parceiro diga primeiro: "Eu quero o divórcio", e você sabe lá no fundo que você concorda. Talvez seja uma intuição que acenda sem motivo algo que ainda não entendas mas você sabe, acabou.

Em algum momento, esse momento surge e normalmente é tudo de uma só vez. Pode até surpreendê-lo. É uma enxurrada de coisas que caem em cima de nossas cabeças. É um balde de gelo derramado que congela até os ossos.

Qual objetivo dessa parte e um bom divórcio? Esta é a fase em que temos a oportunidade de reconhecer quem somos e quem é o nosso parceiro, separadamente. As mascaras caem. Podemos olhar além do julgamento e adoramos que eles sejam quem são, ao mesmo tempo, em que reconhecemos que aquilo não é certo para nós. Isso não nos serve mais.

A tentação nesta fase é procurar a culpa. A tentação é acreditar que nós fizemos algo terrivelmente errado ou eles fizeram a nós. Nós sabemos agora que precisamos deixar aquela pessoa para sempre, por isso, alguém deve ter a culpa.

Para mim, essa etapa do meu bom divórcio era realmente muito tranquila. Algo estabeleceu em mim que, sem julgamento, de repente aceitei a realidade da situação e parei de tentar tornar isso diferente, mesmo quando percebi que era o beijo da morte. A partir dali, poderia me preocupar com ele e também me preocupar com nossos filhos e comigo mesmo. A partir daqui, estava claro que era hora de sair. Feito.

Existe o que posso chamar de "qualidade de conhecimento" para esta etapa o que vai contar é quanto nos conhecemos. Se fizemos um bom trabalho de autoconhecimento essa fase é bastante pacífica. Confiamos em nós mesmos e depois nos reinserimos e nos recolocamos completamente em nossas próprias vidas e também no desconhecido.

Talvez o seu relacionamento tenha ido tão longe quanto possível, e você se sente grato pelo quanto lhe deu. Talvez seu parceiro tenha mentido e manipulado você, e você está grato por finalmente enfrentar uma verdade sombria. Talvez você chegou a um limite de agressão, chega de danos à você ou aos seus filhos, está na hora de acabar com uma relação destrutiva. Talvez você perceba que não há nada de errado - você apenas tem visões, valores ou desejos diferentes, e você o deseja sorte em sua nova jornada enquanto abraça a sua.

Fase três: confusão, perda e pesar.


Este período geralmente é intermitente, ele permanece por mais tempo do que pensávamos, mas também é intercalado há momentos de muita vitalidade e prazer onde curtimos a paisagem- estamos voltando à vida.

Eu queria poder ignorar esta etapa, mas eu seria negligente se o fizesse. Quando nos divorciamos, perdemos nosso relacionamento primário. Muitas vezes somos responsabilizados por isso (ou, pelo menos, ha um receio que sejamos julgados e, às vezes, nos culpam). Perdemos nossa visão, sonhos e investimentos, e também enfrentamos o sofrimento que está se instalando em nossos filhos, familiares e amigos. Nossas amizades e conexões geralmente mudam drasticamente ou deixam de existir completamente. Nos sentimos expulsos de nossas próprias vidas.

Então, o que é bom sobre confusão, perda e tristeza?

Ela traz todas as outras perdas de nossas vidas que esperavam ser atendidas. Nosso divórcio, inadvertidamente, vai nos conectar com a depressão de nossa mãe, a raiva de nosso pai, o divórcio dos nossos pais, ou a morte de alguém que amamos, juntamente com qualquer outro período negro de nossas vidas, onde perdemos algo que consideramos querido ou nos sentimos expulsos, machucados ou não atendidos.

Estes são sentimentos precisamos sentir e cuidar. Talvez aqui você conheça o que significa o alívio de um grito longo, bom e honesto. É assim.

Minha própria experiência me surpreendeu fui fazer uma meditação bioenergética. Então fizemos uma vivência em grupo onde qualquer coisa que precisasse e estivesse afligindo alguém poderia surgir e deveria ser expressa através de nós. Lembro-me de que éramos convidados ativamente a colocar nossas aflições, e ele nos advertiu que, se optássemos por expressar e colocar pra fora, devíamos estar preparados para extravasar.

Para mim veio claramente a minha separação recente e não esperava que nada acontecesse. Enquanto segui suas instruções, - convidando qualquer tristeza que quisesse ser sentida - eu estava olhando para meus pensamentos, imagens, memórias e sentimentos tudo o que eu amava e apreciava sobre meu parceiro, tudo o que eu queria, imaginava, experimentava e trabalhava: viajar juntos, o nascimento de nossos filhos; nossa casa; construímos um negócio; milhares de refeições, experiências e piadas interiores; até que a lista parou.

Com cada memória, sofri e solucei incontrolavelmente. Então senti uma mão suavemente tocando minhas costas segurando-me, apoiando-me de repente me tornei um canal de não apenas meu próprio sofrimento, mas o de toda a nossa tribo, família. Depois de mais ou menos uma hora, de sensações eu estava gritado até os sentimentos esquecidos há muito tempo - alguns meus, alguns dos meus pais e ancestrais, alguns apenas da condição humana – todos finalmente escutados e entendidos.

Este período de tristeza é quase sempre mais longo do que esperamos, mas, novamente, também é intermitente. Estamos bem por um longo tempo, mesmo libertos e bem, e então sofremos uma embosca de uma só vez e estamos perdidos no mar dos sentimentos novamente. Esta fase pode durar pelo menos 5 a 10 anos, seriamente. No processo você vai se encontrar e curar muito de si mesmo e provavelmente virá ver que seu casamento foi, em parte, um esconderijo de sentimentos e lições.

Fase quatro: Magia e uma nova vida.


Este estágio está em andamento. É como nascer em um universo e em um eu totalmente e completamente novo.
Aqui está o seu renascimento, e se você soubesse o quão bom era, você nunca teria agonizado há tanto tempo.
Lembro-me de ter dito a um amigo há uns anos: "Se você decidir sair, você estará protegido." Eu quase não sabia o que quis dizer na época, mas quando entramos em um novo território, coisas milagrosas começam a acontecer.

As pessoas mostram coisas quem não percebemos antes. Aqueles que passaram pela separação e o divórcio nos recebem como parceiros e queridos amigos em nossa nova vida. Ocorrem coincidências que parecem não ter sentido, mas nos levam a novas formas de ser. Reencontramos e achamos aspectos de nós mesmos que amamos, mas nos esquecemos: arte, música, esportes, filosofia, amigos, comida, viagens e a lista continua. Nós nos conhecemos novamente, de uma maneira que perdemos há tanto tempo.

Nossa vida começa a voltar para nós, e às vezes apenas nos entristecemos, nos perdemos, nos afligimos e nos abandonamos, porque simplesmente não percebemos o quanto desistimos é o tempo que o mundo nos esperava.

Em um nível prático, ter um bom divórcio é sobre adotar-se. É aprender a segurar sua própria mão e dizer: "Sim, esta é uma nova aventura, e vou fazê-la bem e honestamente e tão gentilmente quanto possível - e eu vou permitir que ela me mude". Você também conhecerá novos amigos, novas idéias e novas experiências que lhe darão mais amor e apoio do que você imaginou que era possível.
Seu parceiro pode tomar uma rota diferente, ou talvez ele também escolha um bom divórcio. Isso depende deles. Esta é a sua nova vida, e suas escolhas são próprias - exatamente como sempre aconteceram.


Seu cumprimento depende apenas de duas coisas: sua autenticidade crescente, juntamente com abraçar o mundo inteiro e novo que você está prestes a entrar e descobrir.

por Martína Mädche, sou escritora do blog, sendo que este projeto busca inspirar e transformar as vidas de pessoas. Tenho familiaridade com as conversas internas que temos. Conheço pessoalmente o diálogo interno negativo que e se manifesta a vergonha em tudo: relacionamentos, comunicação, parentalidade, o caminhar da vida. Através de minhas experiências familiares e profissionais, procuro ajudar homens e mulheres a percorrerem o processo de libertar-se de suas lutas internas. Nesse blog encontrarão orientações, diversas práticas e treinamentos que visam dar apoio  em momentos de conflito e crise familiares. 

Caso precise entrar em contato: Martína Mädche
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quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Encontrar um parceiro "perfeito" em uma sociedade descartável

Mais de metade dos adultos brasileiros é solteiro e esse número continua crescendo na medida que buscamos sempre por algo melhor, afinal a grama do vizinho é melhor que a nossa!


Sei muito bem que ser solteira tem suas próprias recompensas. 

As bagunças que limpamos é nossa,a cama é toda nossa, não precisamos ligar e fazer check-in com ninguém, e podemos assistir o que queremos no Netflix. Podemos planejar uma caminhada, um jantar ou uma viagem para a Europa sem consultar ninguém, podemos ligar para o barman e podemos comer o último pedaço do bolo de chocolate sem culpa. 

Não precisamos nos preocupar com desempenho sexual, se hoje é conveniente ou sua regularidade e também não acordamos do lado de alguém que nos considera a melhor coisa do mundo. Não sofremos com massagens nos pés depois de um longo dia de trabalho e não precisamos ser chamados de "Amor" ou "Princesa" ou "Vida", exceto pelo barista loiro de dezoito anos com as sobrancelhas pintadas e unhas azuis. Não precisamos receber mensagens de amor inesperadas durante o dia, para n os distrair de coisas importantes, como ler um e-mail da tia louca ou limpar o vômito do gato.

E, felizmente, não temos que nos envolver em conversas interessantes com outra pessoa enquanto estamos deitada nua na cama em uma noite fria e chuvosa.

Ah, sim, a solterisse tem uma toneladas de recompensas, mas, apesar da beleza da vida solteira se formos como a maioria das pessoas, esperamos secretamente que um dia o parceiro "perfeito" surja na nossa frente. 

O parceiro fácil. O parceiro divertido. O parceiro sexy. O parceiro leal. O parceiro que parece direito, parece certo e se comporta bem. O parceiro perfeito. Com mais de sete bilhões de pessoas no planeta, certamente uma delas é perfeita para mim?

É fácil encontrar alguém para flertar, alguém para sair, alguém para dormir e talvez até mesmo alguém para amar por um tempo, mas encontrar essa pessoa - a pessoa que sai do nada e de alguma forma transforma a vida inteira de cabeça para baixo, é uma história completamente diferente. E se tivermos a sorte de encontrar essa pessoa, mantê-la em nossas vidas é mais uma história.

Vivemos em uma sociedade descartável.

Fraldas descartáveis, contatos descartáveis, máquinas de barbear descartáveis, talheres descartáveis, descartáveis ​​e descartáveis. Quando nos cansamos de algo, jogamos e pegamos um novo e isso se aplica a quase tudo, exceto nossos filhos e animais de estimação. Se não gostamos do nosso carro, troque-o. A casa não é o que queríamos mude - venda. Nosso trabalho é chato - procure outro. 

Nós sempre queremos algo maior, melhor e mais novo.

Nós compramos os mais recentes computadores, telefones celulares e equipamentos musicais, porque é um pouco mais rápido ou mais inteligente que o que compramos há apenas dois anos. Se algo quebrar, compramos um novo, costurar, pregar ou, reformar, reparar pra que se podemos simplesmente substituí-lo. E quando se trata de relacionamentos, se a pessoa traz problemas encontramos uma nova.

Se o nosso parceiro não é suficientemente inteligente, rápido calmo, divertido, paciente ou novo, nós o trocamos em um novo modelo brilhante. O namoro on-line torna tudo mais fácil ainda. Com tantas escolhas queremos o melhor dos melhores e não nos conformaremos com nada menos. Em uma sociedade descartável, faz sentido manter o perfeito, certo?

Então por onde começar para encontrar e manter o companheiro perfeito?

1. Comece sendo o parceiro com quem você desejaria estar.

Pense sobre o que quer e anote-tudo.

Quer honestidade? Transparência? Devoção? Fidelidade? Paixão? Compreensão? Aventura? Humor?

É importante que ele goste do seu cachorro, dos seus filhos e ela precisa assistir futebol? Será que ele tem que cozinhar às vezes e ela precisa ser uma divertida? Pergunte-se sobre finanças, religião, sexo e planos de viagem e família. Você quer que ela seja um pouco ciumenta e ele tem que ajudar em casa?

Realmente, anote.

Pense sobre o mais importante - sobre o que deseja, bem como as qualidades e o que é importante. Sua lista não precisa fazer sentido exceto para você.

Por exemplo, nunca estarei em nenhum relacionamento em que a honestidade não seja importante para nós dois. Também não estarei em um relacionamento sério com alguém que realmente não me ama ou que me considere tão maravilhosa com eu o considero. Ele deve realmente ser uma boa pessoa que aproveita ao máximo a vida, sabe pedir desculpas e perdoar e não precisa de mim para salvá-lo ou corrigi-lo e não estarei com alguém que precise me mudar ou me corrigir.

Ele tem que aceitar meus momentos de solidão assim como a mesma frequência que gosto de uma conversa intensa, inteligente e significativa. Ele tem que aceitar meus momentos de introspecção, assim como minha necessidade de estar com amigos. Se decidimos estar juntos, espero que ele seja fiel que curta caminhadas pela mata e não jogue lixo pela janela do carro e que respeito os animais. 

Se eu quiser um parceiro que incorpore essas coisas, eu também preciso.

Se quero um parceiro aventureiro, preciso estar disposta a sair do sofá. Se quiser um parceiro que viajará comigo, é melhor deixar uma grana reservada para viajar. Se eu quiser um parceiro que mantenha a casa limpa eu preciso pegar a toalha molhada no chão do banheiro. Se eu quiser uma boa comunicação, é melhor aprender a ouvir.

Se eu quiser o parceiro "perfeito", preciso começar por ser essa pessoa.

2. Não seja tão crítico, suavize seu olhar.

Claro, continue namorando, olhando perfis ou deixando seus amigos conjecturarem com seus colegas de trabalho, mas não se desespere. Não se estabeleça e não force. Relaxe e seja paciente. Às vezes, a pessoa certa senta ao seu lado no ônibus, ou está na sua frente na fila do caixa, e, às vezes, ela estava lá o tempo todo.

3. Se você deseja encontrar o parceiro perfeito, precisa perceber que não há parceiros perfeitos apenas fantasias perfeitas .

Sim, está certo. Todos ouvimos isso por toda a nossa vida, mas quando se trata de relacionamentos, tendemos a esquecer que ninguém é perfeito.

Nós esperamos que ele ou ela seja perfeito ou pelo menos bem perto disso, mas, a menos que você more em um filme da Disney, o Príncipe Encantado não vai aparecer em seu cavalo branco e aquela garota pela qual estás se apaixonando tem sim inúmeras falhas.

Não estou sugerindo que se submeta a qualquer coisa. Essa é a beleza da lista que você fez. Certifique-se de que ele tem pelo menos suas qualidades importantes, algumas mais outras menso, mas tenha em mente, e quero dizer, realmente entenda que a pessoa na sua frente não é perfeita, nunca foi nem nunca será.

Ser solteiro, pode ter inúmeras recompensas, mas também tenha sim um pouco de paciência, trabalhe em si para ser o que você deseja atrair e perceba que ninguém é perfeito também mas tem suas recompensas - uma dessas recompensas pode ser apenas encontrar o parceiro perfeito - para você.

por Martína Mädche, sou escritora do blog, sendo que este projeto busca inspirar e transformar as vidas de pessoas. Tenho familiaridade com as conversas internas que temos. Conheço pessoalmente o diálogo interno negativo que e se manifesta a vergonha em tudo: relacionamentos, comunicação, parentalidade, o caminhar da vida. Através de minhas experiências familiares e profissionais, procuro ajudar homens e mulheres a percorrerem o processo de libertar-se de suas lutas internas. Nesse blog encontrarão orientações, diversas práticas e treinamentos que visam dar apoio  em momentos de conflito e crise familiares. 

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terça-feira, 5 de setembro de 2017

Relacionamentos livres - quando somos livre para ser!

O desapego dentro de um relacionamento

 “Só existe amor verdadeiro quando nada se espera em troca

 Um relacionamento saudável não surge por acaso, é sim uma escolha renovada todos os dias!”


Estar desapegado no amor seria possível? O desapego no amor ocorre quando mudamos nossas expectativas do que queremos em um relacionamento. Independentemente de quão espirituais ou evoluídos sejamos, os relacionamentos desafiam nossas “sombras” e nos direcionam para trabalhar nossas “falhas” e nos levam a superar nossas feridas na infância.

Desapegar-se do amor não é sobre deixar ir, também não é sobre amor, tem a ver com o restante com as expectativas do que virá, tem a ver com o resultado, com o que se espera da outra pessoa ou do relacionamento. Estou aqui falando do resultado final predeterminado que muitos usam para julgar se um relacionamento é bem sucedido ou não! O que esperamos quando nos relacionamos com alguém?
Quando lemos artigos sobre relacionamentos, ou olhamos dicas de Coach no Youtube, ou quando buscamos aqueles cursos sobre relacionamento e amor percebesse que há um modelo de relacionamento para todos e que o devemos seguir. Então funciona assim...Nós nos conhecemos, nos beijamos, conversamos, passamos mas tempo juntos, daí mais tempo ainda, até que dizemos Eu te amos, então conhecemos a família, nos mudamos e, claro, trocamos alianças...

Porém, isso não é amor livre! Na verdade estamos seguindo um plano – e na minha opinião um tanto limitado.

Para amortizar os efeitos da prisão vindas das relações que criamos precisamos antes de mais nada trabalhar em nós mesmos. Como seres humanos gostamos da segurança e da previsibilidade, queremos saber exatamente onde estamos e que tipo de situação estamos tendo ou enfrentando, pois assim sabemos as regras do jogo. Ficar solto viver o indeterminado, ou situações indefinidas ou indescritíveis nos deixa apavorados.  Assim, optamos por nos limitarmos a um tipo de amor.

Amar em um relacionamento quem tem como premissa a liberdade não significa que não nos importamos com o que a outra pessoa faz, ou que não há chance de nos machucarmos – mas significa que nós os amamos o suficiente para simplesmente deixar o relacionamento falar por si, em vez de usar títulos habituais.

Quando podemos mudar nossas expectativas, nossas experiências podem mudar.

Se entramos em um novo relacionamento com alguém sem pensamentos idealizados sobre o que poderia ser qual rumo tomar, então nos daremos a oportunidade para que essa união se desenvolva organicamente, em vez de forçá-la dentro dos limites predeterminados que usamos para definir o amor.

Apego no amor significa que eu te amo por causa da pessoa que você é, não porque eu esteja esperando que você me ame de volta.

Apego no amor significa que eu quero aproveitar tantos momentos quanto possível com você, porque não há garantia de quanto tempo essas oportunidades continuarão.

O desapego apaixonado é puramente a capacidade de amar alguém livremente. Ambas as pessoas são capazes de ir e vir à vontade, sem sentir que existe uma expectativa de um conjunto específico de comportamentos ou cronogramas.

A verdade é que o amor desapegado não é fácil.

Para realmente amar alguém dessa maneira, temos que primeiramente sentar nomear e olhar para as nossas feridas; nosso medo de abandono, rejeição e tudo o mais que fomos condicionados, desde o nascimento, a esperar de um relacionamento.

Quando nos conhecemos e nos trabalhamos –  a vida fica mais fluída ,assim como nossos relacionamentos, fica mais fácil de navegar, entendemos que nossos sentimentos não são correspondentes ao da outra pessoa, e sim que tudo vem de nós.

Uma das minhas grandes feridas é o medo do abandono, porque desde a infância fui condicionada a saber que se não correspondesse seria descartada. Antes de curar esse aspecto, vivia ansiosa com medo dos homens que entravam na minha vida. Vivia com base nas ações do outro, com uma perspectiva irreal, e perfeccionista de mim mesma, pois temia ser abandonada por ser humana, imperfeita.

No entanto, agora, quando esses mesmos problemas surgem, posso olhar para esses aspectos e modificar a minha reação. Foi assim que fui me modificando.

Não procuro mais alguém para me curar, ou para ser o porto seguro da minha vida, porque eu posso fazer isso por mim mesma.

Independentemente de quão longe essa viagem me levou, às vezes eu ainda desajustada - mas agora, eu simplesmente sorrio quando estou com medo porque sei que isso significa. Sei que posso ir mais fundo e evoluir para um nível de liberdade maior.

Quando estamos desapegados não abandonamos a outra pessoa – nem mesmo deixamos todas as expectativas de lado. Deixar de lado implica em desistir, o que também no mostra que devemos trabalhar o que estamos sentido.

Um amor livre, desapegado significa simplesmente que estamos escolhendo amar de forma consciente. Estamos juntos um para o outro quando podemos e haverá momentos em que não podemos estar, mas estamos individualmente felizes.

Significa respeitar a jornada de nosso parceiro tanto quanto respeitamos nossa, sabendo que, no amor liberto e consciente, não podemos forçar nada. Não há nada neste mundo que nenhum de nós possa fazer para que alguém nos ame, e também não podemos fazer nada para impedir que alguém se apaixone por nós.

Quando podemos abordar o amor como uma oferta, independentemente do outro aceitar ou retribuir, ficamos com a essência do que realmente significa cuidar de outro, além de nossas próprias necessidades e desejos.

Desapego no amor significa reconhecer nossos sentimentos pelo outro, independentemente de ação, escolha ou resultado. Este pode ser o tipo mais real de amor.
Nossa missão é estar envolvido e comprometido com a vida, porém com o máximo de desapego!

Baseado em um texto de Kate Rossen

por Martína Mädche, sou escritora do blog, sendo que este projeto busca inspirar e transformar as vidas de pessoas. Tenho familiaridade com as conversas internas que temos. Conheço pessoalmente o diálogo interno negativo que e se manifesta a vergonha em tudo: relacionamentos, comunicação, parentalidade, o caminhar da vida. Através de minhas experiências familiares e profissionais, procuro ajudar homens e mulheres a percorrerem o processo de libertar-se de suas lutas internas. Nesse blog encontrarão orientações, diversas práticas e treinamentos que visam dar apoio  em momentos de conflito e crise familiares. 

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