terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Hoje aos 40s acredito no amor mais do que nunca! - um texto sobre amores maduros

Tenho quarenta e poucos anos - não me casei - e acredito no amor mais do que nunca

(Nota: Este é um ensaio de Melanie Notkin adaptado por Martína Mädche)

Sentamos para conversar em um café, porém não escutavas uma palavra do que eu dizia. Não que não estivesse prestando atenção em mim; pois sentia teus olhos penetrando nos meus, mas estavas absorto pelos pensamentos. Parecia embriagado pelos sentimentos, talvez sentindo até uma atração. De algum jeito desfrutavas da na nossa conversa. Não esperava que te apaixonasse; mas percebi a conexão quando nossos olhos mergulhavam um no outro. Então me perguntei se poderias estar ferido assim como eu...

Martína MadcheO garçom surgiu e nos serviu mais um café, meu monólogo foi interrompido e a conversa se dispersou. Brindamos ao nosso primeiro encontro. Então, novamente senti teu olhar penetrando no meu, e decidiste: “Quero sair contigo de novo, esta semana!”

Existem os encontros bons, os ruins e existem aqueles inesquecíveis. Tem também aqueles que ficam no ar... Estes são raros, mais raros do que aquela chuva tão esperada no sertão. Às vezes, o encanto dura apenas o tempo suficiente para nos lembrar de que existem conexões especiais, mas tem alguns sortudos, cujas conexões podem durar o resto de suas vidas, já aprendi a apreciar o potencial de todas as conexões raras que tenho o privilegio de vivenciar.

O que aprendi sobre o amor em meus 40s é que o amor não é vivido apenas aos 20s, ou 30s. Não é porque ele ainda não apareceu que não sabemos amar ou que nunca iremos encontrar um amor. Acredito que o amor surja quando estiver destinado a vir.
Vi muitos amores se dissolvendo aos quarenta, pois muitos se casaram jovens, mas também vejo vovôs e vovós vivendo suas paixões intensas como se fosse a “primeira vez”.

Aprendi que o amor não é um presente para aqueles que são merecedores, mas uma recompensa para aqueles que esperam por ele.

Também aprendi que o amor pode durar apenas um tempinho, mas todos somos capazes de amar, ou ele pode durar por décadas, sobrevivendo firme a todas as mudanças capazes e conhecidas do amor.

Aprendi a amar na medida do amor que vivenciei. Na verdade, houve alguns inícios de amores. Outros terminaram rapidamente, sem aviso prévio e ou sinal. Outros acabaram me quebrando toda, e dilaceraram meu coração. Outros nunca chegaram a construir um equilíbrio. Outros estarão em meu coração para sempre.  

Aprendi que o amor pode ser diferente dependendo do homem e das circunstâncias. Algumas vezes amar é fácil. Às vezes, o amor é uma luta. Às vezes o amor é como uma massagem; sentimos-nos bem, mas precisamos de algo mais forte, mais profundo.

Às vezes o amor é uma torrente; Ele vem forte, mas muitas vezes termina em um gotejamento, sem cerimônia.

Aprendi que os homens também querem amor, mas às vezes não se permitem ser vulneráveis para isso. Aprendi que as mulheres também querem amor, mas são feitas para se sentirem vulneráveis por ele. Homens na faixa dos 40 anos são mais capazes de mostrar vulnerabilidade. E as mulheres em seus 40s são mais capazes de deixar de lado as paredes que tinham aprendido a construir. Ambos agora impulsionados pela vulnerabilidade consentida se permitem se apaixonar por causa da quebra de barreiras.
Não tive o que alguns dizem que é o amor bem-sucedido, o que significa o amor que dura muito tempo que é forte o suficiente para ser anunciado no âmbito de um casamento ou que nos levasse a assinar um acordo legal de qualquer espécie. Mas tive amor. E terei outro amor de novo. E espero ter  um amor no qual ambos se comprometam, ou seja, um amor onde ambos lutam para mantê-lo e guardá-lo, pois nós dois aprendemos como é difícil encontrar o amor.

Aprendi que o amor não é um jogo de cadeiras musical destinado apenas para os sortudos que encontram um assento quando a música pára. Sei que o amor dura enquanto estamos dispostos a lembrar da música que tocou quando se conheceram.
Hoje aos quarenta, estou mais disposta do que nunca para desistir de um amor apesar de tudo, porque conheço aquele olhar dele
.
Conheço esse sentimento.

Sei que existe um homem destinado para estar na minha vida, não importa se outros desistirem em seu nome.

Pensei nisto quando estávamos passeando pela cidade e quando nos conhecemos. Porém dessa vez paraste no meio de uma frase, interrompendo nosso caminhar, viraste em minha direção. De novo nos encontramos naquele olhar, então: "Algo está acontecendo aqui", disseste, com confiança. Concordei.

Não sei se o amor vai nos encontrar realmente, mas sei como é o começo. E, pelo menos, tenho isso. Não sei se será este homem, sei que um novo amor está vindo. Outro novo começo começará outra vez.

Sei nos meus 40s que o amor existe. Também sei se há um potencial em um novo começo ou em um reinicio, sei o que parece. Sei como é. Sei mais do que nunca o que é o amor para mim.

E se olhares no fundo dos meus olhos bem de pertinho, verás a verdade por de trás deles.

por Martína Mädche, advogada
OAB/RS 60.281


Martína Mädche, sou fundadora do blog, sendo que este projeto busca inspirar e transformar as vidas de pessoas. Tenho familiaridade com as conversas internas que temos. Conheço pessoalmente o diálogo interno negativo que e se manifesta a vergonha em tudo: relacionamentos, comunicação, parentalidade, o caminhar da vida. Através de minhas experiências familiares e profissionais, procuro ajudar homens e mulheres a percorrerem o processo de libertar-se de suas lutas internas. Nesse blog encontrarão orientações, diversas práticas e treinamentos que visam dar apoio  em momentos de conflito e crise familiares. 


Caso precise entrar em contato: Martína Mädche

Advogada e Profissional de Ajuda.
Contato: martina.madche@gmail.com

Grupo de Apoio do face: Separei e Agora?
Comunidade: Martina.Mädche
Comunidade: Divórcio para Eles
Comunidade: Divórcio para Elas


Nenhum comentário:

Postar um comentário